Entrevista Bola Branca - 23
"O Benfica está obrigado a ganhar e tem história de ganhar e, portanto, se o Sporting está fragilizado, o Benfica é ainda mais obrigado a ganhar. O Benfica não cede, nem tem de estar preocupado com palavras ou indiretas de outros. Se esse era o efeito pretendido, saiu ao lado”
Para o candidato à presidência dos encarnados, se o objetivo do líder leonino era sacudir a pressão para o lado da Luz "foi ao lado". João Diogo Manteigas reflete ainda sobre os novos estatutos do Benfica.
Vai ser um final de época emotivo, já se sabe. Em particular entre os dois rivais da Segunda Circular. Sporting e Benfica têm os mesmos pontos no campeonato a quatro jornadas do fim, com um dérbi na penúltima jornada. Depois de os leões terem garantido a presença na final da Taça de Portugal, Frederico Varandas deixou elogios à época dos verde-e-brancos e prometeu "admiração" pelo plantel e equipa técnica "aconteça o que acontecer".
As palavras do presidente sportinguista podem ter soado a um sacudir de responsabilidades para o outro lado da capital. Mind games ou não, certo é que os que vestem de encarnado não estão "preocupados".
"O Benfica está obrigado a ganhar e tem história de ganhar e, portanto, se o Sporting está fragilizado, o Benfica é ainda mais obrigado a ganhar. O Benfica não cede, nem tem de estar preocupado com palavras ou indiretas de outros. Se esse era o efeito pretendido, saiu ao lado", assegura João Diogo Manteigas a Bola Branca.
O até agora único candidato à presidência do Benfica confessa ainda que na agenda já está o outro dérbi, o da final da Taça de Portugal. Sem descurar o respeito que o desporto exige pelo adversário e enaltecendo as palavras de Bruno Lage na conferência de imprensa de antevisão do encontro com o Tirsense, João Diogo Manteigas não foge: teremos uma Taça discutida por leões e águias.
"O futebol já nos provou que é pródigo em surpresas, mas não acredito que o Tirsense consiga passar, ainda por cima no Estádio da Luz. É natural que os benfiquistas já tenham a presença na final da Taça em mente. Só vão ficar satisfeitos com confirmação depois do jogo, que passa por atestar a presença no Estádio do Jamor e espero que o Bruno Lage rode um bocado a equipa", espera.
Sobre a final da Taça de Portugal continuar a jogar-se no Jamor, o advogado, de 36 anos, diz que "não faz sentido que seja noutro local", até porque "há uma série de questões e requisitos que estão preenchidos e até o histórico".
"O Estádio Nacional foi inaugurado a 10 de junho de 1944 com um Benfica-Sporting, ambos pertencem à Associação de Futebol de Lisboa, que terá sempre direito, não só a receita, como a grande parte da bilhética, até porque, mesmo que a final fosse realizada noutro local, esta associação teria sempre esse direito. E por questões de segurança nunca será. Até agora nunca se levantou essa questão, não é agora que se pode levantar essa motivação para que o jogo seja noutro local", atira João Diogo Manteigas.
Com as eleições de outubro no horizonte, o processo de alteração dos estatutos do Benfica finalizou esta terça-feira. Depois da assinatura da escritura notarial, Rui Costa não escondeu o orgulho e sublinhou que o clube está agora preparado para "um futuro muito melhor".
Para o único candidato assumido, a formalização abre caminho a mais candidatos, um cenário ansiado por João Diogo Manteigas.
"O objetivo é ver um Benfica mais democrático e plural. Temos apelado a isso. Embora perceba que os timings sejam organizados e pensados por cada um dos potenciais candidatos, espero que venham mais sócios interessados em debater o Benfica e que tenhamos umas eleições diferenciadas daquelas que foram as dos últimos 40 anos", explica a Bola Branca.
Com a apresentação da candidatura mais de ano antes do sufrágio e sob o lema "Benfica Vencerá", João Diogo Manteigas libertou-se de prazos impostos por quem defende que terá de haver recato interno até que corra a cortina da época desportiva. O advogado percebe que ainda não tenham aparecido mais candidatos, mas não concorda com as eventuais motivações para a demora.
"A nossa candidatura não depende de vitórias ou derrotas. Eu percebo quem não quer surgir já porque quer esperar pelos resultados desportivos, mas não concordo. Respeito, mas não concordo com esse posicionamento, nem acho que seja o mais benéfico para o Benfica", conclui.
https://rr.pt/bola-branca/noticia/benfica/2025/04/23/se-o-sporting-esta-fragilizado-o-benfica-esta-ainda-mais-obrigado-a-ganhar-manteigas-e-as-palavras-de-varandas/422586/
Rumo ao … Jamor
O Glorioso não pode contabilizar a 8.ª época desportiva seguida sem ser finalista vencedor. E de certeza que a final da Taça de Portugal nesta mesma época desportiva 2024-25, a ter lugar no Estádio Nacional conforme todos os benfiquistas aguardam, será uma das maiores motivações rumo à conquista que se exige!
O regulamento da Taça de Portugal da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) é omisso quanto à designação do local da final desta competição. Dedica-lhe especificamente seis artigos (art. 66.º ao 71.º a par de outros clausulados soltos como a bilhética no 92.º) que estipulam apenas as condições logísticas, entre outros critérios, que esse mesmo local deve cumprir e assegurar.
Sendo o Sport Lisboa e Benfica parte diretamente interessada na matéria e perante a intencional e evidente “lacuna” regulamentar, deve o Glorioso pugnar pela história e lutar por uma final na sua sede própria. A 27.ª Taça de Portugal terá que ser ganha no Vale do Jamor!
O Estádio Nacional foi inaugurado no dia 10 de Junho de 1944 para celebrar o “dia da raça e de Camões” exatamente com um Benfica x Sporting. Ambas as instituições se encontram sediadas na capital e registadas na Associação de Futebol de Lisboa (AFL). Acima de tudo, o Vale do Jamor ganhou legitimamente para si a finalíssima da Taça de Portugal, festa maior do futebol e a competição mais popular e nacional por congregar todos os clubes. Sendo certo que apresenta nesse seu trilho histórico um distinto vencedor: o Sport Lisboa e Benfica.
Por outro lado, incluindo o seu Estádio de arquitetura diferenciada, não se deve esquecer o currículo internacional do Vale do Jamor, magna representação de infraestrutura desportiva nacional: no futebol, em 1955, o primeiro jogo da 1.ª edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus ou a final da XII Taça dos Campeões Europeus em 1967; no atletismo, em 1959 realizou-se o 46.º Cross das Nações, em 1985 o 13.º Campeonato Mundial de Corta-Mato e o Campeonato da Europa de Corta-Mato em 1997; na natação, dois Campeonatos Europeus de Piscina Curta (1999 e 2004) e, finalmente, no polo aquático o Campeonato da Europa de Juniores Masculinos em 2003. Isto não esquecendo o Estoril Open na modalidade de ténis. São 220 hectares de história, cultura e puro fomento desportivo, lazer e união.
Uma final no Estádio Nacional é representativa de história, cultura, simbolismo e ... vitórias! Existem, certamente, mais motivações para ganharmos a 27.ª Taça no palco que o Sport Lisboa e Benfica deve exigir. E uma delas resulta do facto de não ganharmos uma Taça de Portugal desde a época 2016-17 (ganha frente ao Vitória Sport Clube no dia 28 de Maio de 2017).
O Glorioso não pode contabilizar a 8.ª época desportiva seguida sem ser finalista vencedor. E de certeza que a final da Taça de Portugal nesta mesma época desportiva 2024-25, a ter lugar no Estádio Nacional conforme todos os benfiquistas aguardam, será uma das maiores motivações rumo à conquista que se exige!
Saber Comunicar (no Desporto)
A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios ou até despropositados a defenderem pessoas (indivíduos) por primazia à Instituição. Simplesmente, não faz jus à grandeza do Benfica.
Primeira nota e mais relevante de todas: é uma questão de vida ou morte ganhar os próximos 5 jogos para a Liga e, por isso, exige-se união a todos. Goste-se ou não. Independentemente de opiniões ou visões distintas. De todos, um! A águia agarra o lema e mostra-o imponentemente para inspirar sócios e atletas!
A segunda nota dirige-se à comunicação benfiquista que não se tem revelado eficaz. O Universo Benfica conta com profissionais exclusivos para o efeito (entre eles, um diretor de comunicação, um assessor de comunicação para a equipa principal e um assessor do Presidente) e ainda dispõe de canal televisivo próprio (BTV). Isto sem esquecer o nosso jornal e o projeto de uma rádio que tenho a certeza que irá surgir no futuro breve do Sport Lisboa e Benfica (apesar da atual direção ter acabado em 2024 com a empresa inicialmente projetada e criada para o efeito).
Ao Benfica não lhe faltam meios. Falta vontade, estudo, análise, inteligência, esperteza e, acima de tudo, antecipação.
No setor desportivo onde a emoção dos juízes (sócios, adeptos e simpatizantes) supera legitimamente a racionalidade, quem tem a palavra tem a obrigação de saber projetar o futuro no início de cada época, adotar uma postura pedagógica e antecipar os potenciais obstáculos.
Um exemplo disto foi Lourenço Pereira Coelho numa cerimónia da Liga de Clubes em Julho de 2022 (com a época 2022-23 em curso) quando referiu que "(...) nós sabemos que – como uma pessoa importante e com responsabilidades no futebol português disse, e disse bem – infelizmente nem sempre é só a competência que conta” e que “isso diz-nos que temos de ser muito fortes neste ano, temos de contar com o apoio de todos, temos de ser muito rigorosos internamente, estar atentos externamente (...)”. Depois finalizou com um soundbyte: “E se não nos respeitarem, seguramente não seremos candidatos ao prémio Fair Play".
A comunicação do Sport Lisboa e Benfica é um dos principais alvos a mudar urgentemente. Não há estratégia que aguente com comunicados tardios ou até despropositados a defenderem pessoas (indivíduos) por primazia à Instituição. Simplesmente, não faz jus à grandeza do Benfica.
A estratégia de sucesso assenta na utilização dos seus próprios meios (BTV, plataformas digitais, Jornal e futuramente a Rádio Benfica) para disseminar conteúdos antecipadamente e com prudência de forma pedagógica, pró-ativa e também defensiva em relação ao ecossistema desportivo. Ao mesmo tempo, o Sport Lisboa e Benfica deve ter as portas abertas aos meios de comunicação social desportivos e genéricos. Quem não deve, não teme.
O Glorioso tem o dever de “formar”, informar e explicar aos seus sócios, adeptos e simpatizantes, bem como aos restantes interessados, o que pensa e como se pretende posicionar em matérias como a arbitragem, a disciplina, a justiça, os perfis e a gestão daqueles que lideram as instituições desportivas, entre outras. O Sport Lisboa e Benfica também é visado e avaliado, logo, deve exigir e escrutinar. Pelo meio desta sua atuação, deve continuar a promover, obviamente, conteúdos relacionados com o seu próprio associativismo (Casas do Benfica, Filiais, Parceiros, etc).
Os responsáveis pela comunicação transversal do Benfica devem ter competências mínimas como (i) conhecer, aceitar e incorporar os princípios, valores e necessidades do Sport Lisboa e Benfica, (ii) uma forte capacidade de comunicação e liderança, (iii) a necessária experiência comprovada na especificidade do setor desportivo com conhecimento puro deste ecossistema (federações, associações, ligas) e do geral (media, agências, etc), (iv) inteligência em gestão de crises e know-how em media training (para atletas e dirigentes) e (v) uma enorme capacidade de resistência à pressão com sentido de responsabilidade institucional.
Durante a época, o Benfica podia inovar com conferências de imprensa semanais (ou noutro tempo) com mensagens chave pré-definidas para cada tipo de situação (arbitragem, calendário de jogos, críticas a jogadores, etc). Há ligas no estrangeiro que o fazem há décadas ...
O departamento de comunicação deve promover o alinhamento, motivação e transparência entre todos os que trabalham internamente no Benfica. O(s) seu(s) diretor(es) deve(m) garantir que a mensagem está alinhada com os valores do Sport Lisboa e Benfica. Externamente, elimine-se já a comunicação reativa para dar lugar ao “jogo de ocupação de espaço e construção de narrativa”.
Eleições na Liga de Clubes: Questões aos Candidatos
Porque é que não consideram a alteração dos modelos competitivos da 1.ª e 2.ª liga quando, na realidade o contrato celebrado entre a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol permite um número mínimo de 14 sociedades desportivas participantes na 1.ª liga e no mínimo de 16 para a 2.ª liga? Se o valor do bolo vier a ser, efetivamente, inferior ao expectável, ao menos poderão partilhar mais dinheiro por menos sociedades
No próximo dia 11 de Abril de 2025, teremos dois candidatos à Liga de Clubes: Reinaldo Teixeira (atual coordenador dos delegados das competições profissionais) e José Mendes Gomes (atual presidente da mesa de assembleia geral da Liga de Clubes).
À partida, parecem duas pessoas equilibradas e minimamente credíveis, carregando a raridade de se encontrarem atualmente ligadas à própria entidade à qual se propõem concorrer, mas surgiram, uma vez mais, guerrilhas típicas nos bastidores de futebol entre as sociedades desportivas. José Mendes Gomes surgiu mais tarde com o apoio e votos de SC Braga e FC Porto, os quais, diz Reinaldo Teixeira, estavam juntos com SL Benfica e Sporting na sua candidatura.
Nada que já não estivéssemos habituados. Basta recordar o sucedido em 2015 quando Pedro Proença surpreende com o seu surgimento tardio (e estrategicamente promovido por algumas sociedades desportivas) contra Luís Duque que caminhava confiante com uma candidatura única que reunia o apoio dos três grandes após ter estabilizado o buraco deixado pela gestão de Mário Figueiredo e tendo recebido, inclusivamente, um voto de louvor no seio da própria Assembleia Geral da Liga pouco tempo antes. Resultado: Proença com 31 votos (58,2% dos votos) a ganhar a Duque que amealhou 23 votos (41,8%). Na liga, meus amigos, resolve-se nos bastidores.
Aos candidatos à Liga de Clubes, cabe à Benfica SAD perguntar, entre tantas outras questões e visões, o seguinte:
Porque é que dão a centralização dos direitos audiovisuais como um processo fechado em termos procedimentais em que terão apenas que cumprir com a Lei sem sequer reunir com os partidos políticos para aferir a possibilidade de alteração, prorrogação ou até de revogação para que se faça algo que não foi feito até agora: debater, discutir e pensar todos em conjunto?
Qual é a base de discussão para o modelo e chave de distribuição? Consideram que a liga espanhola continua a ser o melhor exemplo espelho? Não consideram que o mercado nacional interno está saturado e estagnado por ter atingido o seu limite? Quanto aos direitos internacionais, já começaram a auditar onde está geograficamente o potencial interesse na compra do nosso “produto”?
Se já abriram a porta a um valor inferior aos “loucos” 300 milhões (Reinaldo Teixeira abriu a hipótese, em entrevista à “Bola”, de ser 200 ou 170 milhões e até o diretor da consultora EY – entidade que lançou o último estudo e apontou aos 300 milhões – veio referir num podcast recente que as condições mudaram nos últimos anos ...) porque é que não consideram a alteração dos modelos competitivos da 1.ª e 2.ª liga quando, na realidade o contrato celebrado entre a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol permite um número mínimo de 14 sociedades desportivas participantes na 1.ª liga e no mínimo de 16 para a 2.ª liga? Se o valor do bolo vier a ser, efetivamente, inferior ao expectável, ao menos poderão partilhar mais dinheiro por menos sociedades…
Haverá alterações à atual estrutura do modelo jurídico no âmbito disciplinar? Não se deve ponderar a extinção do Conselho Jurisdicional destinando as suas curtas três áreas de funcionamento para outro órgão? Manter a comissão de instrutores na Liga faz sentido? Não se continua a dar a entender que o relevante poder de gestão inicial processual, para além de ser opaco, está “demasiado próximo” das sociedades desportivas? Não deve ser a Federação a assumir todo o processo disciplinar in-house como sucede na maioria dos outros países europeus?
Concordam na manutenção da independência entre os regulamentos de arbitragem e de disciplina em relação à Federação? Faz sentido continuarem as sociedades desportivas a determinar quais as sanções disciplinares que lhe são aplicadas época após época?
Muito mais há a discutir. Mas não se assiste ao Glorioso a pensar ou a querer debater. Espero que seja por estar focado em ganhar TUDO! Assim seja! Faça-se a vontade aos benfiquistas!
Benfica: Liderar Dentro e Fora
O Sport Lisboa e Benfica já perdeu uma oportunidade para liderar aquando das últimas eleições na FPF, em que podia (ou devia?) ter apresentando, por exemplo, um candidato nas mesmas. Ou, pelo menos, ser mais ativo e participante. Preferiu omitir, até hoje, em quem votou. Mas sabe-se que apoiou Proença.
E parece-me que vai voltar a falhar nova oportunidade aquando das eleições na Liga que se realizarão já este mês de Abril.
Creio que a generalidade dos sócios do Sport Lisboa e Benfica (Clube) concorda que deve existir interesse estratégico na aquisição das participações detidas pela dupla de acionistas de referência na Benfica SAD, António dos Santos e Luís Filipe Vieira.
A conjugação de ambos totaliza 19,66% do capital social da SAD: José António dos Santos (direta e indiretamente através do seu Grupo Valouro) detém 16,38% e equivalente a 3.766.578 ações de categoria “B”. Já o ex-presidente ainda tem na sua posse 3,28% e equivalente a 753.615 ações de categoria “B” com a particularidade de ter concedido em nome do Glorioso um direito de preferência na transmissão das suas ações.
Esta percentagem é essencial para o Clube poder ter liberdade para pensar num eventual projeto estratégico segmentado para uma aposta puramente desportiva. Na minha humilde consideração enquanto sócio, assente em dois objetivos: consolidação vencedora interna e, concomitantemente, tentar alcançar sucesso internacional desportivo (pelo menos, finais de competições europeias).
Entretanto, António dos Santos veio manifestar publicamente a possibilidade de vender a sua participação a um fundo de investimento ou outro interessado, dependendo do “preço e do que esse fundo possa aportar ao SL Benfica”. Estranho este grande benfiquista não ponderar transmitir as suas ações ao próprio Clube e atual detentor maioritário da SAD como assim se deverá manter. Irá sempre obter a sua mais valia, o que, refira-se, não será difícil.
António dos Santos teve ainda tempo para associar a mais-valia da sua potencial venda a um fundo de investimento com vista à “expansão” da BTV, assegurando que o Clube tem que ser o maior beneficiado. Mas não ponderou que Clube seria ainda mais beneficiado caso conseguisse obter mais capital na sua própria SAD. Para poder ser mais competitivo e ganhar.
Pergunto aos Benfiquistas o que preferem: “expandir” a BTV (seja lá o que isto significa) ou ganhar? A resposta parece-me óbvia sem necessidade de sondagens.
Por fim, gostava de indicar um novo exemplo sobre a falta que faz o Sport Lisboa e Benfica estar presente na liderança institucional do futebol em Portugal. São já públicas, infelizmente, as notícias que comprovam a larga distância de consideração (que sempre existiu) entre o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o atual, Pedro Proença.
Quem trabalha com o meio e com ele convive tal como eu já tinha conhecimento de que a relação azedou há alguns anos, aprofundando-se com a criação da Liga Centralização (entre outras empresas) e a exagerada autonomia e independência que vinha sendo praticada na gestão da Liga de Clubes por Proença.
Relembro que a FPF dispõe de utilidade pública desportiva delegada pelo Estado Português e que a Liga de Clubes recebe da própria FPF uma parte dessa delegação em diferentes níveis, mas sempre focado na gestão das competições profissionais. O protocolo (contrato) entre ambas em vigor é a prova disso mesmo. O problema, como sempre foi cá no burgo, são os vícios e interesses que existem nos bastidores.
O Sport Lisboa e Benfica já perdeu uma oportunidade para liderar aquando das últimas eleições na FPF, em que podia (ou devia?) ter apresentando, por exemplo, um candidato nas mesmas. Ou, pelo menos, ser mais ativo e participante. Preferiu omitir, até hoje, em quem votou. Mas sabe-se que apoiou Proença.
E parece-me que vai voltar a falhar nova oportunidade aquando das eleições na Liga que se realizarão já este mês de Abril. Aparentemente, prefere posicionar-se, novamente e de forma muda, ao lado de Sporting e de acordo com as indicações deste. O Benfica desinteressou-se pela Liderança que tem a obrigação de assumir internamente. E, com isso, o futebol perde diariamente.
Recompra das Ações da SAD
Fica a promessa, assim que a nossa nova direção seja eleita e no espírito de um enquadramento negocial justo e equilibrado, que iniciaremos de imediato negociações com acionista em causa, se ele assim o permitir, com o objetivo de adquirir (ou receber doação e pagando-se o devido imposto, o que seria ainda uma prova maior de enorme benfiquismo) a sua participação na SAD, apelando-se ao seu benfiquismo de muitos anos.
1) José António dos Santos, empresário e maior acionista individual da Benfica SAD (tem 16,38%) admitiu a possibilidade de vender a sua participação a um fundo de investimento ou outro interessado;
2) À partida, impõe duas condições para essa venda, conforme as suas palavras: “Depende do preço e do que esse fundo possa aportar ao SL Benfica”;
3) referiu, ainda, querer saber qual a possível mais valia que um fundo de investimento pode conferir à SAD e que o convença a negociar, dando como exemplo a “expansão” da BTV e garante que o clube tem de ser o maior beneficiado.
Questiono, considerando:
1) não obstante ter todo o direito e legitimidade, enquanto acionista, para vender as suas ações com liberdade negocial, porque é que não considera sequer transmiti-las ao Sport Lisboa e Benfica, sendo este inequivocamente o maior interessado no negócio? De certeza que o Clube terá sempre interesse em encontrar uma solução para lhe adquirir as ações com base na suprema relevância que as mesmas encerram;
2) não há dúvidas que os sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica, na sua generalidade, ficariam gratos se este acionista de referência considerasse vender a sua valiosa participação ao clube (este sim, acionista maioritário e de maior referência que assim se deve manter) por um preço justo;
3) essa aquisição permitirá ao Sport Lisboa e Benfica reforçar a sua posição e, sem pressão maior, estudar soluções com vista a encetar uma estratégia necessariamente focada naquilo que mais interessa: conquistas desportivas;
4) fica a promessa, assim que a nossa nova direção seja eleita e no espírito de um enquadramento negocial justo e equilibrado, que iniciaremos de imediato negociações com acionista em causa, se ele assim o permitir, com o objetivo de adquirir (ou receber doação e pagando-se o devido imposto, o que seria ainda uma prova maior de enorme benfiquismo) a sua participação na SAD, apelando-se ao seu benfiquismo de muitos anos;
5) aos BENFIQUISTAS que, felizmente, se encontram numa relação amplamente vantajosa em relação ao Clube (por motivos financeiros, comerciais ou outros) e que, consequentemente, estão em posição de ajudar o Sport Lisboa e Benfica … não devem perder a oportunidade de, simplesmente, o fazer, marcando o seu nome na história.
Isso sim, seria contribuir para o engrandecimento do Sport Lisboa e Benfica nesta altura essencial. Fortalecendo-o e dando-lhe a oportunidade de desbravar caminho por si próprio, nas mãos daqueles que, verdadeiramente, devem conduzir os destinos do Clube. Os sócios!
Contas Por Esclarecer
A promessa de "novidades agradáveis para breve" quanto à negociação dos direitos televisivos para 2026/27-2027/28, a possibilidade de recuperação de ações da SAD (deduzo que adquirindo-as a acionistas de referência, incluindo, mas sem se limitar, como António dos Santos e Luís Filipe Vieira) e a negociação do naming do Estádio da Luz ... já traz o cheiro a campanha eleitoral. Só falta sabermos quais os compromissos já assumidos com terceiros para a criação e exploração da “Cidade Benfica”. Cá estaremos para descobrir ... e debater! Em prol do Sport Lisboa e Benfica!
Na passada semana, foram apresentadas de forma simplificada as contas da Benfica SAD e do (clube) Sport Lisboa e Benfica do primeiro semestre de 2024-25. Algo, de facto, inédito conforme anunciado pelo próprio administrador da SAD, Dr. Nuno Catarino, o qual integra os quadros desde Agosto de 2024, embora com funções registadas publicamente desde 4 de Novembro de 2024. Isto porque não há lugar, e muito menos obrigação, de apresentação de contas relacionadas especificamente com o Clube a 6 meses.
Por um lado, apesar de se louvar a iniciativa, a verdade é que a comunicação foi confusa por se ter misturado algo que não se deve, nem que seja por princípio: Clube e SAD. Isto exigiria uma transparência e pormenorização muito superiores por parte do interlocutor que, aproveito para relembrar, não foi eleito pelos sócios, nem é membro de qualquer órgão do Clube (apenas da SAD). Por outro lado, mesmo ultrapassando a falta de formalidade (por exemplo, pelo facto do orçamento do Clube ter sido apresentado na AG de Junho de 2024 por um outro membro do departamento financeiro da SAD), ficaram evidentemente questões por responder e tópicos por clarificar.
Agradecendo a visão interna benfiquista sempre otimista (assim o deve ser), não é preciso ser-se especialista (e muito menos génio) para perceber que o objetivo ideal passa por aumentar as receitas e diminuir as despesas. Aliás, a diminuição de despesas é algo indispensável no Clube e na SAD hoje, por mais que tentem maquilhar com o resultado positivo (líquido de 34,6 milhões) sustentado nas vendas de Neves, Morato, Neres e Leonardo e receitas da Champions em 2024-25 que ainda vai dar mais uns valentes euros pela eliminação nos oitavos.
Catarino confessou (e bem) que para aumentar as receitas é necessário investir (ou seja, ter mais custos e despesas). Pelo que, assim sendo, se o "objetivo ambicioso" assumido por esta direção passa por chegar aos 500 milhões de euros nos próximos 5 anos (supostamente, para aumentar a competitividade desportiva), pergunta-se: quanto é que custará, então, à SAD (e, já agora, ao Clube e, eventualmente, a todas as participadas) para alcançar esse fantástico valor de 500 milhões?
Quanto à dívida líquida, discordo quando o administrador entende que a mesma não encerra preocupações. Se assim fosse, não seria forçado a dar a nota de que deve reduzi-la (ainda que de forma sustentada) e que vem aí nova emissão de empréstimo obrigacionista em Maio/Junho de 2025, ainda que de valor inferior a 60 milhões de euros (uma aberração que só prova a necessidade de caixa da SAD). Manter-se-á uma constante pressão no SLB para pagamento do valor dos juros anuais elevadíssimos devidos pelas obrigações, independentemente de curto ou longo prazo (numa variável entre 5% e 6%) e que só amenizará quando se operar uma redução do valor da dívida em condições...
Quanto aos sigilosos fornecedores de serviços externos (FSE’s), já nem há palavras mesmo tendo sido reduzidos em 10% por comparação ao período homólogo. Temos mais atividade, mais modalidades, mais equipas e em todos os formatos possíveis (masculino e feminino). E então? É o Sport Lisboa e Benfica. Deve ter isso e talvez mais. Mas de forma sustentável. Não me parece, salvo melhor opinião e devidamente justificada, que quase 13 milhões de euros em FSE’s nos primeiros 6 meses seja uma fotografia saudável da gestão atual.
A terminar, a promessa de "novidades agradáveis para breve" quanto à negociação dos direitos televisivos para 2026/27-2027/28, a possibilidade de recuperação de ações da SAD (deduzo que adquirindo-as a acionistas de referência, incluindo, mas sem se limitar, como António dos Santos e Luís Filipe Vieira) e a negociação do naming do Estádio da Luz ... já traz o cheiro a campanha eleitoral. Só falta sabermos quais os compromissos já assumidos com terceiros para a criação e exploração da “Cidade Benfica”. Cá estaremos para descobrir ... e debater! Em prol do Sport Lisboa e Benfica!
Liga: o que aí vem
Se somos quem mais contribui e implementa representatividade desportiva, temos que ter interesse em integrar a cúpula decisória, bater nas mesas onde tudo se decide num pequeno grupo restrito de pessoas e interesses e onde se tomam as decisões mais relevantes e marcantes.
Há muito que defendo publicamente que o Sport Lisboa e Benfica tem o dever de se posicionar à frente das entidades desportivas que integra. Independentemente da modalidade desportiva em causa, o objetivo passa por assumir e servir de exemplo na gestão e liderança desportiva em conjunto com os seus pares e congéneres. E, sempre que possível, encabeçando as hierarquias na presidência das federações, ligas (hoje, só existe uma, no futebol) e associações. Quando não seja possível assumir tais cargos mais elevados, integrando sempre as respetivas direções destas mesmas hierarquias.
O Benfica tem que marcar presença (pro)ativa na gestão desportiva nacional. Este deve ser um desiderato estratégico e publicamente assumido pelo Sport Lisboa e Benfica. Senão, de que nos vale sermos a maior Instituição Desportiva nacional e uma das maiores a nível global (devido ao evidente e incontestável número de sócios, adeptos e simpatizantes), a nossa história repleta de sucesso desportivo (em todas as modalidades, masculino e feminino) e termos o maior número de equipas por modalidade, masculino e feminino.
Se somos quem mais contribui e implementa representatividade desportiva, temos que ter interesse em integrar a cúpula decisória, bater nas mesas onde tudo se decide num pequeno grupo restrito de pessoas e interesses e onde se tomam as decisões mais relevantes e marcantes.
Isto vem a propósito das próximas eleições para a Presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP ou Liga de Clubes). Como se sabe, o futuro presidente e respetivos membros da direção da Liga de Clubes vão assumir pastas, entre outras, de extrema relevância. Uma delas é, evidentemente, a centralização dos direitos audiovisuais. Ora, tive oportunidade para ler num dos jornais diários que “fontes do meio audiovisual garantem (...) que a única forma de centralizar os direitos será os grandes abdicarem de parte do encaixe a favor dos outros”, sendo certo que “a questão fraturante é como será dividido esse prejuízo”. Nada que eu já não tivesse “denunciado” ao longo dos últimos anos, não só por conhecer o meio mas, acima de tudo, por se tratar de algo lógico, com dados empíricos em cima da mesa.
Mas tudo isto se resolve: basta que o atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) faça a passagem e entregue ao futuro presidente da Liga de Clubes todo o trabalho, documentação e compromissos executados com os envolvidos na centralização desde a criação da empresa com esta mesma firma. Se há avaliações de 300 milhões de euros, deve certamente haver proponentes. Até porque a Liga de Clubes tem que apresentar o modelo da centralização em conjunto com a FPF à Autoridade da Concorrência. Os dois andarão sempre de mão dada neste processo.
Quanto à zanga entre as comadres no seio da Liga de Clubes por não se entenderem quanto a um nome consensual para assumir esta entidade, gostaria de dar nota para o facto de, aparentemente, ser o Presidente do Sporting Clube de Portugal quem mais tem tentado exercer influência neste processo. Nessa mesma notícia de ontem foi refletido que “Benfica, Sporting, FC Porto e Sp. Braga procuraram um presidente para a Liga” mas tal “revelou-se impossível” pois “Frederico Varandas chumbou o nome de Júlio Mendes, ex-presidente do V. Guimarães, que entretanto desistiu da corrida” e “prefere, há algum tempo, Reinaldo Teixeira, tendo convencido o Benfica” a apoiá-lo.
Se partirmos do pressuposto que estes factos são reais, tudo o que escrevi nos parágrafos iniciais deste artigo não só fazem sentido como deviam constituir obrigação para o Sport Lisboa e Benfica. O presidente do sporting clube de portugal está a cumprir o seu planeamento estratégico e também ajuda o facto de ser amigo pessoal do atual presidente da FPF e de já ter conseguido desviar o nome de Júlio Mendes da Liga de Clubes com quem, de facto, teve problemas aquando da sua presidência no Vitória Sport Clube.
Falta o Sport Lisboa e Benfica começar a intrometer-se estrategicamente na Liga de Clubes, na FPF, na Associação de Futebol de Lisboa (AFL) e em todas as restantes Federações Desportivas nacionais. Também ajudaria, ainda no futebol, começar a prestar mais atenção e a dedicar-se a estar mais presente na UEFA e na FIFA. Para que seja ouvido, mas acima de tudo, respeitado!
Ganhou o Sport Lisboa e Benfica
Enquanto sócio n.º 12.262 do Sport Lisboa e Benfica, desde Setembro de 1984, venho agradecer a todos os consócios que participaram no processo de Revisão Estatutária, bem como à Direção do Sport Lisboa e Benfica a par dos membros da Comissão de Revisão Estatutária por ela criada e, por fim, ao Movimento “Servir o Benfica”. O debate, discussão, desentendimentos e consensos foram profícuos. No final, ganhou o Sport Lisboa e Benfica.
Ganhou o SPORT LISBOA E BENFICA
O dia 8 de Março de 2025 ficará para sempre na história do Sport Lisboa e Benfica.
De acordo com informação prestada pelo próprio Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica:
91% (noventa e um por cento) de votos a favor;
9% (nove por cento) contra;
Um total de 162.780 votos aprovaram os novos Estatutos;
16.144 votos não desejaram a novidade que rompe com o documento de 2010;
Dos sócios com direito a 1 voto, 1.060 votaram a “FAVOR” e apenas 24 “contra”;
Dos sócios com direito a 5 votos, 7.720 votaram a “FAVOR” e 390 “contra”;
Dos sócios com direito a 20 votos, 63.500 votos a “FAVOR” e 4.680 “contra”;
Dos sócios com direito a 50 votos, 90.500 votos a “FAVOR” e 11.050 “contra”.
Enquanto sócio n.º 12.262 do Sport Lisboa e Benfica, desde Setembro de 1984, venho agradecer a todos os consócios que participaram no processo de Revisão Estatutária, bem como à Direção do Sport Lisboa e Benfica a par dos membros da Comissão de Revisão Estatutária por ela criada e, por fim, ao Movimento “Servir o Benfica”. O debate, discussão, desentendimentos e consensos foram profícuos. No final, ganhou o Sport Lisboa e Benfica.
Como sempre referi, a alma, coração e vida do Sport Lisboa e Benfica reside nos seus sócios. Parafraseando um consócio do nosso clube: “O Sport Lisboa e Benfica será sempre aquilo que os sócios quiserem que ele seja!”
VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA!
VIVA O GLORIOSO!
Estatutos: Votar SIM
Cabe agora a todos os sócios votar e APROVAR, no próximo dia 8 de Março de 2025, a versão final dos Estatutos pela qual tanto lutaram!
O próximo dia 8 de Março de 2025 será um dos dias mais importantes dos 121 anos de história do Sport Lisboa e Benfica, pessoa coletiva de direito privado com utilidade pública e cunho desportivo.
A alma, coração e vida do Sport Lisboa e Benfica reside nos seus sócios. São estes que adaptam o Clube à evolução social, económica e política interna e externa. São os sócios que devem mandar e exigir do seu próprio Clube com mais direitos e transparência.
Relembro as revisões estatutárias no Sport Lisboa e Benfica e o porquê do ato no próximo sábado ser de atenção máxima para todos os sócios:
Até hoje, os Estatutos do SLB foram revistos e alterados em 1912, 1918, 1923, 1932, 1941, 1948, 1958, 1966 (19 sessões), 1985 (12 sessões), 1996 (5 sessões) e 2010 (2 sessões);
Com vista a esta última revisão estatutária, foi criada uma Comissão Eventual de Revisão dos Estatutos em Dezembro de 2009 e, logo de seguida, no primeiro quadrimestre de 2010, foram aprovados os Estatutos que se encontram hoje em vigor com a presença de apenas 120 sócios (“curiosamente”, numa época desportiva em que a equipa principal de futebol do Glorioso acabou por ganhar a Liga poucos meses depois);
Volvidos mais de 10 anos, nomeadamente em Dezembro de 2020, o Movimento “Servir o Benfica” apresentou uma proposta completa e global para a revisão estatutária após as eleições de Outubro de 2020 que foram ganhas pelo ex-presidente Luís Filipe Vieira;
No ano seguinte, em Julho de 2021, o ex-candidato derrotado nas eleições de 2020, João Noronha Lopes, anunciou a constituição de uma comissão de sócios para criar uma proposta de revisão dos Estatutos, mas esta só viria a durar 4 meses e extinguiu-se em Novembro de 2021 pois havia sido anunciado pela direção de Rui Costa que iriam avançar para a Revisão Estatutária no mandato em curso (2021-2025);
Ainda em Novembro de 2021, um grupo de 55 sócios do Benfica referiu ter entregue um documento com 18 propostas para alteração dos Estatutos, mas desconhecendo-se por completo o seguimento à data ou a potencial aplicabilidade futura num eventual processo de revisão;
A atual direção do Sport Lisboa e Benfica, na pessoa do seu Presidente Rui Costa, criou uma Comissão de Revisão Estatutária composta por 7 sócios do Clube e encabeçada pelo Vice-Presidente Jaime Antunes (que, entretanto, se demitiu do cargo no Clube e na SAD) em que a 1.ª reunião teve lugar no dia 18 de Novembro de 2021;
Esta mesma Comissão de Revisão Estatutária apresentou formalmente à Direção do Sport Lisboa e Benfica a sua proposta de revisão estatutária no dia 21 de Março de 2022;
A Direção do Sport Lisboa e Benfica alterou a proposta de revisão entregue pela Comissão criada e o ex-Presidente da Assembleia Geral do Clube, Fernando Seara, apenas iniciou o processo no dia 15 de Junho de 2024 com a Assembleia do Orçamento para a época 2024-25;
Em finais de Agosto de 2024, foi aprovada uma proposta de consenso entre a Direção do Clube, a Comissão de Revisão Estatutária e o Movimento “Servir o Benfica” que foi depois analisada, escrutinada e alterada pelos sócios ao longo de várias sessões entre Setembro e Novembro de 2024.
Posto isto, com particular foco desde Dezembro de 2020, urge concluir um processo amplamente intencionado pela MILITÂNCIA BENFIQUISTA!
Cabe agora a todos os sócios votar e APROVAR, no próximo dia 8 de Março de 2025, a versão final dos Estatutos pela qual tanto lutaram!
VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA! VIVA O GLORIOSO!
Jantar Aniversário Sport Lisboa e Benfica - Comunicação
Hoje é dia do Sport Lisboa e Benfica. hoje é dia do maior. do glorioso.
Hoje é o dia de todos vós: sócios, adeptos e simpatizantes.
Parabéns a todos vocês por manterem viva, ao longo de 121 anos, a chama do esforço e suor dos nossos antepassados que fizeram do Sport Lisboa e Benfica o maior clube de Portugal e um dos maiores do mundo.
Benfiquistas,
Hoje é dia do Sport Lisboa e Benfica. hoje é dia do maior. do glorioso.
Hoje é o dia de todos vós: sócios, adeptos e simpatizantes.
Parabéns a todos vocês por manterem viva, ao longo de 121 anos, a chama do esforço e suor dos nossos antepassados que fizeram do Sport Lisboa e Benfica o maior clube de Portugal e um dos maiores do mundo.
Sempre vos disse que são vocês que carregam o Benfica na esperança das vitórias nos campos e pavilhões dentro e fora da luz.
Foram vocês que puxaram pelos jogadores na conquista da taça da liga desta época e que os farão ganhar o 39.º Campeonato, a 27.ª Taça de Portugal e sonhar com a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes.
Foi a vossa força que permitiu ganhar Taças e Supertaças esta época nas nossas modalidades, masculinas e femininas, e fazer com que os novos estatutos possam vir a ser uma realidade.
Só com o vosso apoio é que teremos sucesso contra o Barcelona e no dia 8 conseguiremos aprovar os estatutos.
Estes estatutos vão permitir ter um clube mais participado, democrático e transparente com 2.ª volta, listas separadas, sem voto eletrónico e com uma Assembleia Geral para discutir o desporto;
Com o vosso apoio massivo e crente, só pode haver um desígnio para quem nos representa: ganhar tudo!
Mas, para chegarmos às vitórias, temos que proteger constantemente os interesses do Sport Lisboa e Benfica.
Defender o Benfica quando os nossos rivais exercem influência nos bastidores da liga, nas várias federações e associações,
Defender o Benfica quando somos prejudicados nos campos e pavilhões;
Defender o Benfica para sermos ouvidos e exigirmos das entidades desportivas;
Defender o Benfica quando circulam notícias que afetam a credibilidade do nosso clube;
E ... defender o Benfica, exigindo sempre que os nossos dirigentes sejam transparentes e honestos connosco.
E é com transparência que vamos construir o nosso programa eleitoral, que só faz sentido ser finalizado depois de ouvir os benfiquistas.
Por isso, organizaremos 4 sessões de debate em Portugal continental para finalizarmos um documento global fiel às aspirações de uma maioria alargada dos sócios.
Da base desse programa, destaco algumas medidas que vão a debate entre os sócios:
Pilar Associativo: objetivo 500.000 sócios para o próximo mandato, treinos abertos de futebol com verba a reverter para as Casas do Benfica, transparência total na venda de bilhetes e a criação do provedor dos sócios;
Pilar Desportivo: implementação de um novo modelo desportivo para o futebol e modalidades assente na formação e otimização do valor de mercado das equipas, a criação de uma nova SAD para o futebol feminino para consolidar a hegemonia nacional e tentar o sonho “champions” e a criação de uma rede de scouting nacional com as Casas do Benfica para as 5 principais modalidades;
Pilar Institucional: lutar pela reformulação dos quadros competitivos e por uma centralização dos direitos audiovisuais que não prejudique o Benfica, extinção das ZCEAP e insistência com a implementação de um regime jurídico para o setor da arbitragem que está em estudo desde 2011;
Pilar Empresarial: revisão urgente dos FSE’s, auditoria total ao grupo Benfica, tentativa de reestruturação urgente da dívida da sad e do clube, aumentar o número de conteúdos na BTV e renascer a hipótese da rádio Benfica;
Pilar Infraestrutural: análise aos investimentos que devem ser feitos nos nossos pavilhões, dos custos investidos na cidade universitária e aos compromissos assumidos sobre a “Cidade Benfica”, bem como confirmar a viabilidade do aumento da capacidade do nosso estádio com possibilidade safe standing já que a UEFA estuda Portugal para este efeito.
Meus amigos, caminhamos juntos a passo rápido para outubro de 2025.
Eu prometi-vos que o Benfica vos irá ser devolvido para que dele tenham orgulho e dele façam a vossa ambição: dominador e hegemónico!
Viva o glorioso! Viva o Sport Lisboa e Benfica!
Assumam a Responsabilidade
Sabendo-se que a chancela de utilidade pública do Sport Lisboa e Benfica aconselha a pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer meramente consultivo sobre a nova redação dos Estatutos, devia ser convocada, desde já, uma AG para apresentar aos sócios uma proposta de supressão de ilegalidades (a tal alínea e) do n.º 2 do 66.º) e irregularidades (votos das filiais) para se poder harmonizar e repetir a consulta por mais 30 dias. Há intenção (e pressa) em aprovar um documento que se descobriu minimamente defeituoso? Temos que prestar assim tanta reverência à metodologia proposta por um ex-Presidente da Mesa de Assembleia Geral demissionário que abandonou os sócios à primeira crítica que lhe foi levantada? Sinceramente, tudo isto parece um expediente para não ser aprovada a redação final que ainda terá que ser lavrada em notário de forma a oficializar-se perante terceiros a alteração profunda que tantos sócios dedicaram a sua concentração, esforço, tempo e dinheiro.
Ontem foi um dia triste para o Sport Lisboa e Benfica. Uma verdadeira tragédia em 4 atos:
1) Começou logo pela manhã com uma chamada de capa e notícia do Correio da Manhã parcialmente incorreta e falsa sobre a ilegalidade de uma mera alínea de um artigo (em 97 artigos) da nova redação estatutária do Sport Lisboa e Benfica;
2) Ao final da manhã, durante a apresentação ostensiva do novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol que o Sport Lisboa e Benfica decidiu apoiar sem consultar previamente os seus sócios, somos brindados com o êxtase e cumplicidade em amena cavaqueira entre o nosso líder e o presidente de um clube rival que ataca o Benfica sempre que tem tempo de antena;
3) Muito pouco tempo depois, à saída desse mesmo evento corporativo e similar a uma feira de vaidades, os benfiquistas foram novamente confrontados com mais um ataque daquele mesmo presidente de clube rival por lhe terem concedido tempo de antena;
4) Mais tarde, em resposta ao burburinho causado pela notícia do Correio da Manhã, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral do nosso Clube decidiu esclarecer publicamente que a Assembleia Geral Extraordinária para votação da proposta final de revisão estatutária irá ter lugar no dia 8 de Março de 2025 (entre as 9h30 e as 22h30) e que “os sócios do Sport Lisboa e Benfica, enquanto "poder constituinte" primário e secundário, no respeito pelo modelo associativo que vigora em Portugal, são soberanos nas opções que tomam, cabendo, nesta fase, passar ao momento deliberativo final”.
Sobre tudo isto, tenho a responder o seguinte:
Pontos 2 e 3 anteriores: chega de comunicados frouxos nas redes sociais do Sport Lisboa e Benfica com assinatura desconhecida. A Direção do Clube e da SAD deve dar a cara quando somos atacados por outros dirigentes e exigir responsabilidades sobre arbitragens duvidosas como sucedeu, por exemplo, no domingo passado em Vila das Aves (futebol) e no pavilhão João Rocha (hóquei);
Pontos 1 e 4 anteriores: sim, a alínea e) do n.º 2 do artigo 66.º viola o n.º 6 (e a alínea a) do n.º 5) do artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais pois o conselho fiscal da SAD deve ser composto por uma maioria de membros independentes. Mas é FALSO que esta alínea tenha sido proposta por um sócio numa das AG’s da revisão estatutária. Foi criada pela própria direção conforme resulta da 1.ª versão partilhada com os sócios e que se manteve na 2.ª versão de consenso (Direção, Comissão de Revisão e Servir o Benfica). Estão todas disponíveis no site oficial do Clube, basta aceder e ler. Resta saber se foi intencionalmente colocada pela Direção para criar um obstáculo mais à frente na aprovação final dos Estatutos pelos sócios ou se simplesmente não fizeram o trabalho de casa com tanto dinheiro gasto nos FSE’s em aconselhamento legal ...
Sabendo-se que a chancela de utilidade pública do Sport Lisboa e Benfica aconselha a pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer meramente consultivo sobre a nova redação dos Estatutos, devia ser convocada, desde já, uma AG para apresentar aos sócios uma proposta de supressão de ilegalidades (a tal alínea e) do n.º 2 do 66.º) e irregularidades (votos das filiais) para se poder harmonizar e repetir a consulta por mais 30 dias. Há intenção (e pressa) em aprovar um documento que se descobriu minimamente defeituoso? Temos que prestar assim tanta reverência à metodologia proposta por um ex-Presidente da Mesa de Assembleia Geral demissionário que abandonou os sócios à primeira crítica que lhe foi levantada? Sinceramente, tudo isto parece um expediente para não ser aprovada a redação final que ainda terá que ser lavrada em notário de forma a oficializar-se perante terceiros a alteração profunda que tantos sócios dedicaram a sua concentração, esforço, tempo e dinheiro.
Por outro lado, ninguém duvida da soberania do poder constituinte primário e secundário dos sócios do Benfica. Mas esse poder só existe, maioritariamente, quando os sócios são convocados para as AG’s pois a única alternativa passa por um grupo de sócios efetivos com, pelo menos, 10 mil votos solicitar a convocatória para determinada ordem de trabalhos e ter fé que seja aceite pelo Presidente em funções. Já ninguém se lembra da novela da AG Extraordinária de 2021 que levou à demissão do Presidente à altura (Prof. Dr. Rui Pereira)?
Por fim, dois conselhos finais que desejo que sejam levados a sério:
À Direção do Sport Lisboa e Benfica: mentalizem-se que já não basta ganhar. Até porque essa sempre foi a matriz obrigacional do Benfica. Os tempos mudaram. Os sócios estão vigilantes. Assumam a responsabilidade enquanto ainda estão à frente do Sport Lisboa e Benfica!
Ao Presidente da Assembleia Geral, respetiva Mesa e Secretaria do Sport Lisboa e Benfica: que os membros da Comissão de Revisão Estatutária e do Movimento “Servir o Benfica” estejam presentes na contagem dos votos no próximo dia 8 de Março para total transparência do processo.
Só assim o Benfica Vencerá!
Alterações Institucionais
Já o próximo mandato da Federação Portuguesa de Futebol foi entregue a outro sócio do Sport Lisboa e Benfica, Águia de Ouro pelos seus 50 anos de quotas pagas, mas cujo vínculo à nossa Instituição só se justifica mesmo por este pagamento regular e contínuo. A forma como se dirigiu ao Sport Lisboa e Benfica, quer enquanto árbitro, quer enquanto dirigente da Liga, não lhe merece qualquer apoio, voto a favor ou sequer palavra de apreço.
Na semana passada assistimos a dois atos eleitorais de extrema relevância para o Sport Lisboa e Benfica no panorama desportivo nacional. O primeiro, na Associação de Futebol de Lisboa (AFL) e, o segundo, na Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Fica apenas a faltar a derradeira eleição, de máxima importância também, na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga). Eleições estas que ocorrerão devido à vitória de Pedro Proença sobre Nuno Lobo na FPF pela margem de 75% (correspondente a 62 votos) contra 25% (correspondente a 21 votos) do universo eleitoral. Desconhecem-se, por enquanto, candidatos oficiais à Liga mas há conhecimento da vontade de Júlio Mendes (ex-presidente do Vitória Sport Clube), do presidente da Associação de Futebol do Algarve e de uma incógnita chamada Artur Soares Dias, mais um membro da arbitragem cujo corporativismo expande o seu braço institucionalmente.
Na AFL, com apenas dois candidatos a concorrer entre si, tivemos uma vitória expressiva de Vítor Filipe que levou a melhor sobre Rui Rodrigues, o candidato promovido por Pedro Proença. Dos 254 clubes, apenas 201 exerceram o direito de voto com uma vitória clara para Vítor Filipe: 65,3% contra os 34,7% de Rui Rodrigues.
Fica a nota para o voto do Sport Lisboa e Benfica ter sido manifestado praticamente em cima do fecho das urnas devido ao facto da comitiva para o Mónaco ter integrado a maioria dos membros das direções do Clube e da SAD (é sempre necessária procuração ou mandato subscrito por membros da direção). Ainda que sigiloso, subentendeu-se que o voto foi a favor de Rui Rodrigues dado que o Sport Lisboa e Benfica fechou literalmente a porta à audição de Vítor Filipe sobre o seu projeto e visão.
Independentemente de tudo, o futuro dos clubes de Lisboa ficará sob a responsabilidade de um sócio do Sport Lisboa e Benfica com experiência no dirigismo e que disporá, à partida, de todas as condições para desempenhar um bom trabalho no futebol distrital. Desejo-lhe o apoio, alargamento e desenvolvimento sustentável dos clubes no distrito, sobretudo ao nível da formação, algo que sempre defendi ser essencial nos 9 anos e 10 meses que passei na AFL.
Já o próximo mandato da Federação Portuguesa de Futebol foi entregue a outro sócio do Sport Lisboa e Benfica, Águia de Ouro pelos seus 50 anos de quotas pagas, mas cujo vínculo à nossa Instituição só se justifica mesmo por este pagamento regular e contínuo. A forma como se dirigiu ao Sport Lisboa e Benfica, quer enquanto árbitro, quer enquanto dirigente da Liga, não lhe merece qualquer apoio, voto a favor ou sequer palavra de apreço.
Resta ao Sport Lisboa e Benfica traçar e apresentar publicamente, desde já, um plano e projeto para aquilo que entende ser o futuro desportivo no território nacional para depois puxar pelos galões junto da FPF e da Liga. Caso contrário, ficará nas mãos dos interesses privados e respetivos acordos que resultam dos compadrios que sempre caracterizaram as relações institucionais nos bastidores do futebol português.
Antecipar o Azar
Foi com manifesta dor e pesar que assistimos às duas lesões gravíssimas de Alexander Bah e Manuel Jorge Silva (“Manu”). A gravidade das entorses nos seus joelhos esquerdos com rotura completa do ligamento cruzado anterior retira os dois jogadores do combate que a nossa equipa enfrenta em várias frentes até o final da época. Resta-nos desejar franca, rápida e, acima de tudo, total recuperação para o futuro. Vão ser necessárias força e coragem mental monumentais.
Foi com manifesta dor e pesar que assistimos às duas lesões gravíssimas de Alexander Bah e Manuel Jorge Silva (“Manu”). A gravidade das entorses nos seus joelhos esquerdos com rotura completa do ligamento cruzado anterior retira os dois jogadores do combate que a nossa equipa enfrenta em várias frentes até o final da época. Resta-nos desejar franca, rápida e, acima de tudo, total recuperação para o futuro. Vão ser necessárias força e coragem mental monumentais.
Ora, desde 2001 que a UEFA tem vindo a monitorizar o risco, gravidade, padrões e tendências das lesões no futebol europeu (https://www.uefa.com/news-media/news/028b-1a703cbf2804-b1731cfa11c3-1000--medical-research/) através do seu programa de investigação e avaliação da segurança dos atletas ao longo das várias edições das Ligas dos Campeões. Já a FIFA disponibiliza documentação para prevenção de lesões e até para o pós-carreira (https://inside.fifa.com/health-and-medical/injury-prevention).
Mas, para além da necessidade dos jogadores terem que ser devidamente tratados (em Portugal, é um procedimento que envolve seguradoras ao abrigo do Decreto-Lei 10/2009, de 12 de janeiro), surge sempre a dúvida se os clubes e sociedades desportivas conseguem colmatar o prejuízo que também sofreram com as lesões dos seus atletas. Em particular, se há forma de poderem inscrever jogadores fora dos dois períodos de registo regulamentares no verão e no inverno.
Neste ponto, o regulamento da FIFA sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores dá-nos o ponto de partida com o n.º 1 do artigo 6.º que permite às Federações abrir períodos distintos de registo para as suas competições. Depois, no seu n.º 3, estipula quais são as exceções de registo “fora de prazo”. E, já agora, para efeitos do novo Mundial de Clubes onde o Sport Lisboa e Benfica terá a oportunidade para brilhar, o ponto 22.4 do Regulamento desta Competição, refere que os clubes participantes poderão registar excecionalmente novos atletas entre 1 e 10 de Junho de 2025.
Sendo assim, é então possível ao Sport Lisboa e Benfica, neste preciso momento, registar novos jogadores devido às lesões de Bah e Manu? Parece que sim, mas ao abrigo do Anexo II do Regulamento de Competições da Liga de Clubes. Ou seja, através de jogadores desempregados e mediante as seguintes condições:
se o jogador estiver livre pois o seu contrato anterior cessou por: (a) caducidade até ao termo da época anterior à da inscrição, tendo nela tido atividade como jogador profissional; (b) resolução por si promovida, com justa causa reconhecida até ao termo do período anterior do prazo de inscrições e; (c) revogação que tenha ocorrido até ao termo do primeiro período do prazo de inscrições da época;
o clube conseguir provar a situação de desemprego do jogador que pretende inscrever;
o prazo de inscrição de jogadores desempregados termina, em cada época desportiva, no último dia do mês de fevereiro ou no dia útil seguinte se cair em feriado ou de fim de semana;
a inscrição destes jogadores só pode ser feita se não existirem, à data da véspera do dia da inscrição, dívidas correspondentes a retribuições-base e compensações mensais a jogadores a si vinculados com contrato de trabalho ou formação registados na Liga de Clubes.
O Sport Lisboa e Benfica pode tentar aproveitar esta janela de oportunidade, se assim o entender, para fortalecer o plantel pontualmente com algum jogador mediante o cumprimento destas condições, tendo que ter em atenção, sobretudo, a forma física dos disponíveis (o mais comum é não estarem ao mais alto nível) e as exigências salariais por parte de jogadores cuja última experiência tenha ocorrido em alguma das big-5.
Centralização: Questões ao SLB
São muitos os temas que os interessados nos têm colocado a debate, contudo, a preocupação com a centralização dos direitos audiovisuais tem ganho amplo destaque com o aproximar das eleições na Federação Portuguesa de Futebol já no dia 14 de Fevereiro de 2025 e que provocará eleições na Liga de Clubes e na Associação de Futebol de Lisboa, todas entidades onde o Sport Lisboa e Benfica tem assento e deve ter uma palavra relevante a dizer.
A candidatura sob o lema “Benfica Vencerá” encontra-se a cumprir um dos seus principais desideratos desde Setembro de 2024: ouvir amplamente os sócios, adeptos e simpatizantes até ao ato eleitoral propriamente dito e que irá ter lugar, com toda a naturalidade, em Outubro de 2025 já com os novos estatutos em vigor conforme aprovados pelos sócios nas várias sessões de 2024, bem como com um regulamento eleitoral digno da grandeza do Sport Lisboa e Benfica que ainda terá que ser pensado e criado.
São muitos os temas que os interessados nos têm colocado a debate, contudo, a preocupação com a centralização dos direitos audiovisuais tem ganho amplo destaque com o aproximar das eleições na Federação Portuguesa de Futebol já no dia 14 de Fevereiro de 2025 e que provocará eleições na Liga de Clubes e na Associação de Futebol de Lisboa, todas entidades onde o Sport Lisboa e Benfica tem assento e deve ter uma palavra relevante a dizer.
Tenho vindo a manifestar preocupação com este tema desde há vários anos conforme os 12 (doze) artigos de opinião publicados no jornal A Bola entre Janeiro de 2021 e Junho de 2024, para além de várias presenças televisivas em que considerei relevante lançar o tópico para debate.
Ora, atendendo ao facto de que o clube Sport Lisboa e Benfica é detentor de 100% da BTV e da maioria alargada do capital social da Benfica SAD (mais de 50% com ações de categoria “A”), pretende o universo militante benfiquista obter os seguintes esclarecimentos por parte da Direção do Sport Lisboa e Benfica:
1) qual a data em que efetivamente terminará o contrato em vigor com a operadora “NOS”? Está previsto para o final da época 2025/26?;
2) ao abrigo do referido contrato que se encontra em vigor, a operadora “NOS” beneficia de algum direito de preferência na futura transmissão dos jogos da Benfica SAD para as duas épocas desportivas 2026/27 e 2027/28?;
3) o Presidente do Sport Lisboa e Benfica (Clube e SAD) deu a conhecer publicamente que se encontrava a negociar com a “NOS” a venda dos direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28 e que a nossa Instituição não ficaria a perder financeiramente. Questiona-se:
3.1) sem ser ao abrigo de direito de preferência, existe algum outro compromisso contratual que obrigue o Sport Lisboa e Benfica a ter que negociar os seus direitos exclusivamente com a “NOS”?
3.2) em caso afirmativo, quais as condições e limite temporal para que tal suceda?
3.3) as negociações atuais com a “NOS” têm por base pelo menos, no mínimo, o valor atual que o Sport Lisboa e Benfica recebe (a rondar os 40 milhões ano) acrescido da necessária taxa de inflação?
4) a Direção do Sport Lisboa e Benfica já ponderou a utilidade de preparar a abertura de um concurso público, nacional e internacional, com vista à venda dos seus direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28? Existem limitações contratualmente assumidas que proíba tal procedimento?
Por fim, seria relevante confirmar se a Direção do Sport Lisboa e Benfica considera ter legitimidade para negociar e concluir qualquer acordo relacionado com o futuro da Instituição, seja relacionado com direitos audiovisuais ou qualquer outra matéria, durante o ano eleitoral de 2025 e sem que se saiba ainda quem serão os membros dos órgãos sociais do próximo quadriénio.
Os sócios, adeptos e simpatizantes pedem respostas a quem de direito. Mas, até agora, o vazio, a opacidade, a falta de informação, a indiferença tem reinado no último ano de mandato.
Eleições Antecipadas
Estão os sócios presos e sem opção de recurso perante a desordem que se vive? Não! Simplesmente não podemos permitir que o cenário de eleições antecipadas fique nas mãos, controlo e poder dos próprios visados ao abrigo de uns estatutos doentes e enfermos como os que (ainda) estão em vigor. Já lhes demos poder suficiente para chegarmos ao ponto em que estamos hoje.
A derrota inesperada e pesada demais frente ao Casa Pia em Rio Maior intensificou o tema das eleições antecipadas. É normal. Perante o caos que se tornou a nossa gestão e comunicação, há que ser solidário com a consciência dos sócios e adeptos e ter sensibilidade suficiente para acolher o sentimento que hoje lhes corre na alma. Não é algo que se deseje. É um misto de raiva com dor.
Tenho respondido a todas as interações que me fazem chegar, diretas e indiretas, sobre a possibilidade de eleições antecipadas. E mantenho a minha visão e posição firmes com base nos seguintes tópicos, uns mais prioritários que outros, consoante o ponto de vista de cada sócio:
- é inadmissível que venham a existir eleições antecipadas no Sport Lisboa e Benfica sem que o processo de Revisão Estatutária esteja completamente finalizado, o que irá suceder dentro de breve com a minha aposta para o mês de Março, num sábado ou domingo, em dia de jogo no nosso Estádio. Relembro que a redação dos Estatutos que se encontra presentemente em consulta pública (https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2025/01/18/clube-benfica-estatutos-proposta-final-disponivel-para-consulta-dos-socios?srsltid=AfmBOoqA0EOjY8QbE0tgQXPm4WMfEaPyoi0atTCpZZ19vQCO2y3TO42y) resulta daquilo que os sócios quiseram e decidiram desde Setembro de 2024 através de várias sessões de Assembleia Geral. Como não me canso de dizer, escrever e manifestar: respeite-se, em primeiro lugar, sempre e acima de tudo, a vontade e determinação dos sócios do Sport Lisboa e Benfica;
- não pode haver eleições antecipadas, ou qualquer outro ato eleitoral no futuro do Sport Lisboa e Benfica, sem um Regulamento Eleitoral digno à imagem da nossa grandiosa Instituição. Um regulamento eleitoral democrático que implemente, entre outros procedimentos e termos, os necessários debates entre candidatos, o acesso a cadernos eleitorais, a descodificação de como se irá processar a segunda volta em caso de necessidade, entre outras obrigações;
- o cenário de eleições antecipadas terá por base, à partida e salvo melhor opinião, um de dois cenários: a 1) renúncia aos cargos por parte dos membros da direção do Sport Lisboa e Benfica ou a 2) revogação do mandato destes mesmos membros com justa causa;
- na primeira possibilidade, a partir do momento em que houver renúncia deliberada e voluntária por parte dos dirigentes, o processo do futuro ato eleitoral antecipado passa a estar sob controlo da mesa de Assembleia Geral que é solidária com ... a própria direção. Portanto, é de extrema relevância não atribuir essa possibilidade de controlo processual à direção renunciante. Daí a implementação de Listas Separadas ter sido uma das melhores novidades conforme aprovado pelos sócios para os novos Estatutos que estão prestes a chegar. Passa a existir pura DEMOCRACIA e FISCALIZAÇÃO com o Sport Lisboa e Benfica em PRIMEIRO lugar;
- já a segunda possibilidade de revogação dos mandatos exige a convocação de uma Assembleia Geral para analisar a pretensão de tal revogação com justa causa. Sucede que, ao abrigo da solidariedade já referida nos parágrafos anteriores, os resultados desportivos (negativos) não serão aceites pelo Presidente da Mesa de Assembleia Geral como justificação para a revogação. Isto já aconteceu noutras entidades desportivas em Portugal e em momentos mais convulsivos.
Estão os sócios presos e sem opção de recurso perante a desordem que se vive? Não! Simplesmente não podemos permitir que o cenário de eleições antecipadas fique nas mãos, controlo e poder dos próprios visados ao abrigo de uns estatutos doentes e enfermos como os que (ainda) estão em vigor. Já lhes demos poder suficiente para chegarmos ao ponto em que estamos hoje.
Mudamos primeiro a nossa constituição, fortificamo-la, tornamo-la mais democrática e protetora dos direitos dos sócios. Depois avançaremos para a exigência sob os nossos próprios termos e condições. Já se sabe quem manda: os SÓCIOS!
*Viva o INCOMPARÁVEL SPORT LISBOA E BENFICA!*
Dever de Protesto
O direito ao protesto nasce dos regulamentos. Mas o dever de protestar resulta dos factos ocorridos nos relvados que nos prejudicam. Seria útil uma manifestação pública por algum dos cinco atuais administradores executivos da Benfica SAD se a defender a nossa instituição após o jogo de ontem na Luz frente ao FC Barcelona. E, salvo melhor opinião, não me parece que deslocações relâmpago do camarote presidencial para o túnel da Luz com a cabeça a ferver para confrontar o árbitro do jogo, a terem acontecido, resolvam o problema. Na realidade, só agravam.
Quero acreditar que foram dadas instruções ao departamento jurídico da SAD para não arredar pé durante esta madrugada, enquanto me encontro a escrever estas palavras, para apresentar protesto contra a validade do resultado do jogo em causa nos termos e para os efeitos do ponto 64.01 do artigo 64.º do regulamento da Liga dos Campeões da UEFA (edição 2024/25 em vigor desde 2 de Setembro de 2024).
A SAD tem o direito (pessoalmente, entendo que é um dever) de protestar contra a validade do resultado de ontem no prazo máximo de 24 horas após o seu final. A admissibilidade do protesto tem por base qualquer uma das alíneas c), d) ou e) do n.º 1 do 57.º do Regulamento Disciplinar (RD) da UEFA. O que sucedeu, no mínimo, com dois erros de arbitragem evidentes: por ação, o penalty assinalado contra o Benfica (por falta inexistente de Carreras) e, por omissão, o penalty não assinalado a favor do Benfica (por falta existente de Fermín López). Aproveita-se ainda para meter uma nota final em rodapé pois este mesmo árbitro dos Países Baixos, Danny Makkelie, já havia cometido o mesmo erro e prejudicado o Benfica em Outubro de 2023 por não ter assinalado um penalty sobre Neres em Milão frente ao Inter. Paga-se a taxa de 1.000,00 EUR pelo protesto e o órgão de Controlo, Ética e Disciplina analisa-o ao abrigo do RD da UEFA (artigo 56.º - declaração de protesto).
A obrigação de protestar tem também um fim político-desportivo. De imposição e intransigência na defesa da verdade desportiva, da imagem e da marca do Benfica, da UEFA e da própria competição europeia no âmbito da qual ocorreram os erros graves. Olhamos para as fotos da tribuna presidencial no jogo de ontem e vemos os nossos dirigentes ladeados dos (ainda e atuais) Presidentes da Liga de Clubes e da Federação Portuguesa de Futebol. Querem ajudar o futebol português a subir no ranking europeu? Posicionem-se ao lado do Benfica e defendam-no. Não querem? O Sport Lisboa e Benfica deve exigir-lhes!
Por fim, os sócios não pagam para ver o relvado passar do Inferno da Luz para um céu de anjinhos. Não é admissível ao Sport Lisboa e Benfica sofrer 5 golos em casa. O futebol não se transformou assim tanto nos últimos 20 anos para chegarmos a este ponto. Sobretudo, quando já nos provaram esta época as suas capacidades frente, por exemplo, ao Atlético de Madrid.
Mas já dizia Béla Guttmann: “Sem sacrifício não há sucesso no futebol! Nenhum exército vence qualquer batalha sem uma disciplina férrea. Quanto mais uma guerra! A sequência de encontros da Taça dos Campeões Europeus, tal como sucede no Campeonato Nacional, pode ser comparada a uma guerra que só pode ser ganha a batalha a batalha. Qualquer jogador que não queira fazer os sacrifícios que considero necessários é livre de ir trabalhar para uma fábrica de sardinhas enlatadas...”.
Um Novo Futuro
A importância deste processo de revisão estatutária corre em paralelo com a necessidade de termos que ganhar em todos os campos e pavilhões. Apesar de serem “processos” independentes, gozam do mesmo nível de relevância presente e futura. Todos nós devemos participar e ter uma palavra a dizer
Através do site oficial da nossa Instituição, foi-nos comunicada a conclusão da consolidação e condensação da proposta dos futuros Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, sem que, à partida, seja necessário convocar e realizar nova assembleia geral, estando, assim, a proposta final definida.
Os próximos 30 dias destinar-se-ão para efeitos de informação, conhecimento e esclarecimento por parte dos sócios. Desejo muito e faço votos para que o maior número possível de interessados analise o documento. Trata-se de uma entreajuda indireta (cada um por si) mas correlacionada para que vejamos nascer um documento que definirá a grandiosidade do Sport Lisboa e Benfica.
A importância deste processo de revisão estatutária corre em paralelo com a necessidade de termos que ganhar em todos os campos e pavilhões. Apesar de serem “processos” independentes, gozam do mesmo nível de relevância presente e futura. Todos nós devemos participar e ter uma palavra a dizer. O documento conterá a marca de todos nós e ficará plasmada a nossa contribuição positiva de identidade benfiquista. Aquilo que queremos da nossa própria casa.
Da mesma maneira que apoiamos as nossas equipas seja onde for e delas exigimos resultados, creio que não será exagerado exigirmos de nós próprios, enquanto máximos interessados na proteção da instituição que integramos, o olhar cirúrgico para o documento agora lançado e imputar, na medida do possível, tempo da nossa parte para que nasça uma carta magna convergente, conciliadora, solidária e defensora dos interesses de todos os participantes.
É verdade que já se detetou uma incongruência para os artigos finais da nova redação estatutária relacionada com o direito ao voto das filiais vs direito de voto das Casas do Benfica. Mas tal deveu-se, salvo melhor opinião, a uma questão formal e não de substância. Ou seja, à altura do processo, todos os artigos que não mereceram a atenção de propostas de alteração pelos sócios tiveram que constar na redação final agora publicada. Acredito que isto será, certamente, harmonizado e resolvido definitivamente em breve através da estreita colaboração entre o Presidente da Mesa da Assembleia Geral e dos sócios do Sport Lisboa e Benfica. Assim terá que ser pois o interesse é mútuo, de todos!
Os sócios aguardam, ansiosamente, pela Assembleia Geral estatutária final que, conforme aprovado antecipadamente, irá ocorrer através de voto físico depositado em urna.
Protejam-se os Sócios e os seus Direitos. Proteja-se o SPORT LISBOA E BENFICA!
Comunicado: Proposta de Estatutos
Benfiquistas, A Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica publicou hoje a proposta final harmonizada de revisão estatutária. A mesma já se encontra disponível para consulta dos sócios, no site oficial do nosso Clube, durante os próximos trinta dias.
O processo tem sido longo e participado, ilustrativo da importância do documento e do espírito de responsabilidade e civismo Benfiquista que tem regido esta participação dos sócios. Após uma atenta primeira leitura, e não deixando de congratular a Mesa da Assembleia Geral pelos esforços de consolidação e harmonização das propostas de alteração aprovadas em sede de especialidade, foi identificada uma incongruência já sinalizada à MAG na pessoa do seu Presidente, Ilustre Dr. Pereira da Costa. Nomeadamente, a redação do artigo 83.° é notoriamente incongruente com a proposta de redação intencionada e aprovada pelos sócios para efeitos do artigo 82.°.
É exatamente para efeito de análise desta e de outras eventuais incongruências que servirão os próximos 30 dias. Solicita-se a todos os sócios que, na medida da sua vontade e disponibilidade, analisem aquele que é, sem sombra de dúvida, o documento mais relevante do universo benfiquista.
Fazemos votos que o processo continue ao nível dos pergaminhos do nosso centenário Clube, mantendo-nos sempre disponíveis para todo e qualquer apoio ou esclarecimento.
Óctuplo na Taça da Liga
Os nossos dirigentes só têm que assumir que é o BENFICA que mexe com o setor! E nós, em particular, queremos mais Benfica! Mas temos que defender os nossos. Não podemos defender competições que sobrecarreguem os jogadores e prevejam contrapartidas minimamente compensatórias. O Benfica tem que liderar o processo de reformulação dos quadros competitivos em Portugal!
O Glorioso é o nome de maior sucesso desta competição ao deter quase 50% dos títulos desde a sua criação
Enquanto sócio do Sport Lisboa e Benfica, não posso deixar de agradecer aos nossos dirigentes, equipa técnica e jogadores pela conquista da 8.ª Taça da Liga. O Glorioso é o nome de maior sucesso desta competição ao deter quase 50% dos títulos desde a sua criação. E tanto ganhou a Liga de Clubes com as nossas vitórias nesta competição
Em tom sempre desprestigiante ou irónico, os terceiros chamam-lhe “Taça Benfica”. É normal pois vencemos quase metade. Mas a verdadeira mensagem que eu gostaria que passasse para tais terceiros é a de que tínhamos a obrigação de ganhar muito mais. Mais do que 8 em 18 pois gozámos dessa capacidade e possibilidade no passado. Se assim tivesse sido, sem sobranceria, poderíamos solicitar à liga de clubes que mudasse o nome para “Taça Sport Lisboa e Benfica”. E depois logo se discutia a ironia
Ainda assim, por mais que o óctuplo nos satisfaça minimamente, esta competição tem que ser reformulada (no seu formato e no calendário) ou até mesmo eliminada. Tenho vindo a defender ao longo dos últimos anos que, atenta a mudança que se avizinhava no formato da Liga dos Campeões a partir da época 2024-25, já não faz sentido manter-se esta competição nos moldes atuais.
É verdade que, na generalidade, os adeptos querem mais jogos, mas os organizadores das competições, seus parceiros e patrocinadores querem mais “eventos” porque representa mais dinheiro, receita e captação ou fidelização de “clientes”. Não há intenção, sentimento e cuidado para se focarem numa análise profunda e holística com vista ao encaixe equilibrado e harmonioso das competições no calendário nacional e internacional. Sobretudo, se pensarmos que as SAD portuguesas melhor posicionadas no ranking da 1.ª liga dependem cada vez mais, época após época, das receitas da UEFA (sobretudo, Champions). Ou, ainda para mais, se surgir uma centralização dos direitos audiovisuais que acabe com a receita média anual fixa para mínimos entre os 40 e 50 milhões do Sport Lisboa e Benfica.
O formato e restantes condições da Taça da Liga resulta do Anexo III do regulamento de competições da Liga de Clubes. Nele se encontra plasmado o artigo 4.º (troféus e prémios) cujos n.º 2 e 4 refletem que a “Liga Portugal atribui prémios monetários a todos os clubes das competições profissionais, independentemente da respetiva participação na Taça da Liga” e que o “valor global dos prémios monetários atribuídos aos clubes corresponde a 75% do valor dos patrocínios obtidos no âmbito da exploração comercial e publicitária e dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da competição”.
Portanto, negoceiam-se valores que ficam no segredo dos gabinetes das partes, sendo que 25% ficam em casa e o remanescente segue para as sociedades desportivas da 1.ª e 2.ª ligas. Obviamente que é legítimo à Liga de Clubes receber uma fatia pela logística e organização, mas pode (e deve) ser repensada essa percentagem com base no valor que é entregue pelo parceiro principal e secundários. Dependendo dos montantes dos prémios, que também ajudam a definir o prestígio da competição, os envolvidos acertariam os seus ganhos. Sobretudo, numa altura em que o calendário mexeu por imposição institucional internacional através da UEFA (Liga dos Campeões) e a FIFA (Mundial de Clubes).
Ajudaria à conversa se fosse publicada a distribuição progressiva e quantitativa (em euros) às sociedades desportivas. Por uma questão de transparência e porque nos ajudaria a analisar, em relação ao Sport Lisboa e Benfica, se compensa a sua participação nesta competição senão “por obrigação”. Eis outros fatores públicos (mas não ratificados) quanto à média de audiências (telespetadores) da taça da liga: final de 2023 (Sporting- Porto): 1,9 milhões de espetadores; meia-final de 2025 (Sporting - Porto): 1,88 milhões e final de 2025 (Glorioso - Sporting): 2,54 milhões com pico de 2,9 milhões espetadores.
Os nossos dirigentes só têm que assumir que é o BENFICA que mexe com o setor! E nós, em particular, queremos mais Benfica! Mas temos que defender os nossos. Não podemos defender competições que sobrecarreguem os jogadores e prevejam contrapartidas minimamente compensatórias. O Benfica tem que liderar o processo de reformulação dos quadros competitivos em Portugal!