Centralização: Questões ao SLB
São muitos os temas que os interessados nos têm colocado a debate, contudo, a preocupação com a centralização dos direitos audiovisuais tem ganho amplo destaque com o aproximar das eleições na Federação Portuguesa de Futebol já no dia 14 de Fevereiro de 2025 e que provocará eleições na Liga de Clubes e na Associação de Futebol de Lisboa, todas entidades onde o Sport Lisboa e Benfica tem assento e deve ter uma palavra relevante a dizer.
A candidatura sob o lema “Benfica Vencerá” encontra-se a cumprir um dos seus principais desideratos desde Setembro de 2024: ouvir amplamente os sócios, adeptos e simpatizantes até ao ato eleitoral propriamente dito e que irá ter lugar, com toda a naturalidade, em Outubro de 2025 já com os novos estatutos em vigor conforme aprovados pelos sócios nas várias sessões de 2024, bem como com um regulamento eleitoral digno da grandeza do Sport Lisboa e Benfica que ainda terá que ser pensado e criado.
São muitos os temas que os interessados nos têm colocado a debate, contudo, a preocupação com a centralização dos direitos audiovisuais tem ganho amplo destaque com o aproximar das eleições na Federação Portuguesa de Futebol já no dia 14 de Fevereiro de 2025 e que provocará eleições na Liga de Clubes e na Associação de Futebol de Lisboa, todas entidades onde o Sport Lisboa e Benfica tem assento e deve ter uma palavra relevante a dizer.
Tenho vindo a manifestar preocupação com este tema desde há vários anos conforme os 12 (doze) artigos de opinião publicados no jornal A Bola entre Janeiro de 2021 e Junho de 2024, para além de várias presenças televisivas em que considerei relevante lançar o tópico para debate.
Ora, atendendo ao facto de que o clube Sport Lisboa e Benfica é detentor de 100% da BTV e da maioria alargada do capital social da Benfica SAD (mais de 50% com ações de categoria “A”), pretende o universo militante benfiquista obter os seguintes esclarecimentos por parte da Direção do Sport Lisboa e Benfica:
1) qual a data em que efetivamente terminará o contrato em vigor com a operadora “NOS”? Está previsto para o final da época 2025/26?;
2) ao abrigo do referido contrato que se encontra em vigor, a operadora “NOS” beneficia de algum direito de preferência na futura transmissão dos jogos da Benfica SAD para as duas épocas desportivas 2026/27 e 2027/28?;
3) o Presidente do Sport Lisboa e Benfica (Clube e SAD) deu a conhecer publicamente que se encontrava a negociar com a “NOS” a venda dos direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28 e que a nossa Instituição não ficaria a perder financeiramente. Questiona-se:
3.1) sem ser ao abrigo de direito de preferência, existe algum outro compromisso contratual que obrigue o Sport Lisboa e Benfica a ter que negociar os seus direitos exclusivamente com a “NOS”?
3.2) em caso afirmativo, quais as condições e limite temporal para que tal suceda?
3.3) as negociações atuais com a “NOS” têm por base pelo menos, no mínimo, o valor atual que o Sport Lisboa e Benfica recebe (a rondar os 40 milhões ano) acrescido da necessária taxa de inflação?
4) a Direção do Sport Lisboa e Benfica já ponderou a utilidade de preparar a abertura de um concurso público, nacional e internacional, com vista à venda dos seus direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28? Existem limitações contratualmente assumidas que proíba tal procedimento?
Por fim, seria relevante confirmar se a Direção do Sport Lisboa e Benfica considera ter legitimidade para negociar e concluir qualquer acordo relacionado com o futuro da Instituição, seja relacionado com direitos audiovisuais ou qualquer outra matéria, durante o ano eleitoral de 2025 e sem que se saiba ainda quem serão os membros dos órgãos sociais do próximo quadriénio.
Os sócios, adeptos e simpatizantes pedem respostas a quem de direito. Mas, até agora, o vazio, a opacidade, a falta de informação, a indiferença tem reinado no último ano de mandato.
Eleições Antecipadas
Estão os sócios presos e sem opção de recurso perante a desordem que se vive? Não! Simplesmente não podemos permitir que o cenário de eleições antecipadas fique nas mãos, controlo e poder dos próprios visados ao abrigo de uns estatutos doentes e enfermos como os que (ainda) estão em vigor. Já lhes demos poder suficiente para chegarmos ao ponto em que estamos hoje.
A derrota inesperada e pesada demais frente ao Casa Pia em Rio Maior intensificou o tema das eleições antecipadas. É normal. Perante o caos que se tornou a nossa gestão e comunicação, há que ser solidário com a consciência dos sócios e adeptos e ter sensibilidade suficiente para acolher o sentimento que hoje lhes corre na alma. Não é algo que se deseje. É um misto de raiva com dor.
Tenho respondido a todas as interações que me fazem chegar, diretas e indiretas, sobre a possibilidade de eleições antecipadas. E mantenho a minha visão e posição firmes com base nos seguintes tópicos, uns mais prioritários que outros, consoante o ponto de vista de cada sócio:
- é inadmissível que venham a existir eleições antecipadas no Sport Lisboa e Benfica sem que o processo de Revisão Estatutária esteja completamente finalizado, o que irá suceder dentro de breve com a minha aposta para o mês de Março, num sábado ou domingo, em dia de jogo no nosso Estádio. Relembro que a redação dos Estatutos que se encontra presentemente em consulta pública (https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2025/01/18/clube-benfica-estatutos-proposta-final-disponivel-para-consulta-dos-socios?srsltid=AfmBOoqA0EOjY8QbE0tgQXPm4WMfEaPyoi0atTCpZZ19vQCO2y3TO42y) resulta daquilo que os sócios quiseram e decidiram desde Setembro de 2024 através de várias sessões de Assembleia Geral. Como não me canso de dizer, escrever e manifestar: respeite-se, em primeiro lugar, sempre e acima de tudo, a vontade e determinação dos sócios do Sport Lisboa e Benfica;
- não pode haver eleições antecipadas, ou qualquer outro ato eleitoral no futuro do Sport Lisboa e Benfica, sem um Regulamento Eleitoral digno à imagem da nossa grandiosa Instituição. Um regulamento eleitoral democrático que implemente, entre outros procedimentos e termos, os necessários debates entre candidatos, o acesso a cadernos eleitorais, a descodificação de como se irá processar a segunda volta em caso de necessidade, entre outras obrigações;
- o cenário de eleições antecipadas terá por base, à partida e salvo melhor opinião, um de dois cenários: a 1) renúncia aos cargos por parte dos membros da direção do Sport Lisboa e Benfica ou a 2) revogação do mandato destes mesmos membros com justa causa;
- na primeira possibilidade, a partir do momento em que houver renúncia deliberada e voluntária por parte dos dirigentes, o processo do futuro ato eleitoral antecipado passa a estar sob controlo da mesa de Assembleia Geral que é solidária com ... a própria direção. Portanto, é de extrema relevância não atribuir essa possibilidade de controlo processual à direção renunciante. Daí a implementação de Listas Separadas ter sido uma das melhores novidades conforme aprovado pelos sócios para os novos Estatutos que estão prestes a chegar. Passa a existir pura DEMOCRACIA e FISCALIZAÇÃO com o Sport Lisboa e Benfica em PRIMEIRO lugar;
- já a segunda possibilidade de revogação dos mandatos exige a convocação de uma Assembleia Geral para analisar a pretensão de tal revogação com justa causa. Sucede que, ao abrigo da solidariedade já referida nos parágrafos anteriores, os resultados desportivos (negativos) não serão aceites pelo Presidente da Mesa de Assembleia Geral como justificação para a revogação. Isto já aconteceu noutras entidades desportivas em Portugal e em momentos mais convulsivos.
Estão os sócios presos e sem opção de recurso perante a desordem que se vive? Não! Simplesmente não podemos permitir que o cenário de eleições antecipadas fique nas mãos, controlo e poder dos próprios visados ao abrigo de uns estatutos doentes e enfermos como os que (ainda) estão em vigor. Já lhes demos poder suficiente para chegarmos ao ponto em que estamos hoje.
Mudamos primeiro a nossa constituição, fortificamo-la, tornamo-la mais democrática e protetora dos direitos dos sócios. Depois avançaremos para a exigência sob os nossos próprios termos e condições. Já se sabe quem manda: os SÓCIOS!
*Viva o INCOMPARÁVEL SPORT LISBOA E BENFICA!*
Dever de Protesto
O direito ao protesto nasce dos regulamentos. Mas o dever de protestar resulta dos factos ocorridos nos relvados que nos prejudicam. Seria útil uma manifestação pública por algum dos cinco atuais administradores executivos da Benfica SAD se a defender a nossa instituição após o jogo de ontem na Luz frente ao FC Barcelona. E, salvo melhor opinião, não me parece que deslocações relâmpago do camarote presidencial para o túnel da Luz com a cabeça a ferver para confrontar o árbitro do jogo, a terem acontecido, resolvam o problema. Na realidade, só agravam.
Quero acreditar que foram dadas instruções ao departamento jurídico da SAD para não arredar pé durante esta madrugada, enquanto me encontro a escrever estas palavras, para apresentar protesto contra a validade do resultado do jogo em causa nos termos e para os efeitos do ponto 64.01 do artigo 64.º do regulamento da Liga dos Campeões da UEFA (edição 2024/25 em vigor desde 2 de Setembro de 2024).
A SAD tem o direito (pessoalmente, entendo que é um dever) de protestar contra a validade do resultado de ontem no prazo máximo de 24 horas após o seu final. A admissibilidade do protesto tem por base qualquer uma das alíneas c), d) ou e) do n.º 1 do 57.º do Regulamento Disciplinar (RD) da UEFA. O que sucedeu, no mínimo, com dois erros de arbitragem evidentes: por ação, o penalty assinalado contra o Benfica (por falta inexistente de Carreras) e, por omissão, o penalty não assinalado a favor do Benfica (por falta existente de Fermín López). Aproveita-se ainda para meter uma nota final em rodapé pois este mesmo árbitro dos Países Baixos, Danny Makkelie, já havia cometido o mesmo erro e prejudicado o Benfica em Outubro de 2023 por não ter assinalado um penalty sobre Neres em Milão frente ao Inter. Paga-se a taxa de 1.000,00 EUR pelo protesto e o órgão de Controlo, Ética e Disciplina analisa-o ao abrigo do RD da UEFA (artigo 56.º - declaração de protesto).
A obrigação de protestar tem também um fim político-desportivo. De imposição e intransigência na defesa da verdade desportiva, da imagem e da marca do Benfica, da UEFA e da própria competição europeia no âmbito da qual ocorreram os erros graves. Olhamos para as fotos da tribuna presidencial no jogo de ontem e vemos os nossos dirigentes ladeados dos (ainda e atuais) Presidentes da Liga de Clubes e da Federação Portuguesa de Futebol. Querem ajudar o futebol português a subir no ranking europeu? Posicionem-se ao lado do Benfica e defendam-no. Não querem? O Sport Lisboa e Benfica deve exigir-lhes!
Por fim, os sócios não pagam para ver o relvado passar do Inferno da Luz para um céu de anjinhos. Não é admissível ao Sport Lisboa e Benfica sofrer 5 golos em casa. O futebol não se transformou assim tanto nos últimos 20 anos para chegarmos a este ponto. Sobretudo, quando já nos provaram esta época as suas capacidades frente, por exemplo, ao Atlético de Madrid.
Mas já dizia Béla Guttmann: “Sem sacrifício não há sucesso no futebol! Nenhum exército vence qualquer batalha sem uma disciplina férrea. Quanto mais uma guerra! A sequência de encontros da Taça dos Campeões Europeus, tal como sucede no Campeonato Nacional, pode ser comparada a uma guerra que só pode ser ganha a batalha a batalha. Qualquer jogador que não queira fazer os sacrifícios que considero necessários é livre de ir trabalhar para uma fábrica de sardinhas enlatadas...”.
Um Novo Futuro
A importância deste processo de revisão estatutária corre em paralelo com a necessidade de termos que ganhar em todos os campos e pavilhões. Apesar de serem “processos” independentes, gozam do mesmo nível de relevância presente e futura. Todos nós devemos participar e ter uma palavra a dizer
Através do site oficial da nossa Instituição, foi-nos comunicada a conclusão da consolidação e condensação da proposta dos futuros Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, sem que, à partida, seja necessário convocar e realizar nova assembleia geral, estando, assim, a proposta final definida.
Os próximos 30 dias destinar-se-ão para efeitos de informação, conhecimento e esclarecimento por parte dos sócios. Desejo muito e faço votos para que o maior número possível de interessados analise o documento. Trata-se de uma entreajuda indireta (cada um por si) mas correlacionada para que vejamos nascer um documento que definirá a grandiosidade do Sport Lisboa e Benfica.
A importância deste processo de revisão estatutária corre em paralelo com a necessidade de termos que ganhar em todos os campos e pavilhões. Apesar de serem “processos” independentes, gozam do mesmo nível de relevância presente e futura. Todos nós devemos participar e ter uma palavra a dizer. O documento conterá a marca de todos nós e ficará plasmada a nossa contribuição positiva de identidade benfiquista. Aquilo que queremos da nossa própria casa.
Da mesma maneira que apoiamos as nossas equipas seja onde for e delas exigimos resultados, creio que não será exagerado exigirmos de nós próprios, enquanto máximos interessados na proteção da instituição que integramos, o olhar cirúrgico para o documento agora lançado e imputar, na medida do possível, tempo da nossa parte para que nasça uma carta magna convergente, conciliadora, solidária e defensora dos interesses de todos os participantes.
É verdade que já se detetou uma incongruência para os artigos finais da nova redação estatutária relacionada com o direito ao voto das filiais vs direito de voto das Casas do Benfica. Mas tal deveu-se, salvo melhor opinião, a uma questão formal e não de substância. Ou seja, à altura do processo, todos os artigos que não mereceram a atenção de propostas de alteração pelos sócios tiveram que constar na redação final agora publicada. Acredito que isto será, certamente, harmonizado e resolvido definitivamente em breve através da estreita colaboração entre o Presidente da Mesa da Assembleia Geral e dos sócios do Sport Lisboa e Benfica. Assim terá que ser pois o interesse é mútuo, de todos!
Os sócios aguardam, ansiosamente, pela Assembleia Geral estatutária final que, conforme aprovado antecipadamente, irá ocorrer através de voto físico depositado em urna.
Protejam-se os Sócios e os seus Direitos. Proteja-se o SPORT LISBOA E BENFICA!
Comunicado: Proposta de Estatutos
Benfiquistas, A Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica publicou hoje a proposta final harmonizada de revisão estatutária. A mesma já se encontra disponível para consulta dos sócios, no site oficial do nosso Clube, durante os próximos trinta dias.
O processo tem sido longo e participado, ilustrativo da importância do documento e do espírito de responsabilidade e civismo Benfiquista que tem regido esta participação dos sócios. Após uma atenta primeira leitura, e não deixando de congratular a Mesa da Assembleia Geral pelos esforços de consolidação e harmonização das propostas de alteração aprovadas em sede de especialidade, foi identificada uma incongruência já sinalizada à MAG na pessoa do seu Presidente, Ilustre Dr. Pereira da Costa. Nomeadamente, a redação do artigo 83.° é notoriamente incongruente com a proposta de redação intencionada e aprovada pelos sócios para efeitos do artigo 82.°.
É exatamente para efeito de análise desta e de outras eventuais incongruências que servirão os próximos 30 dias. Solicita-se a todos os sócios que, na medida da sua vontade e disponibilidade, analisem aquele que é, sem sombra de dúvida, o documento mais relevante do universo benfiquista.
Fazemos votos que o processo continue ao nível dos pergaminhos do nosso centenário Clube, mantendo-nos sempre disponíveis para todo e qualquer apoio ou esclarecimento.
Óctuplo na Taça da Liga
Os nossos dirigentes só têm que assumir que é o BENFICA que mexe com o setor! E nós, em particular, queremos mais Benfica! Mas temos que defender os nossos. Não podemos defender competições que sobrecarreguem os jogadores e prevejam contrapartidas minimamente compensatórias. O Benfica tem que liderar o processo de reformulação dos quadros competitivos em Portugal!
O Glorioso é o nome de maior sucesso desta competição ao deter quase 50% dos títulos desde a sua criação
Enquanto sócio do Sport Lisboa e Benfica, não posso deixar de agradecer aos nossos dirigentes, equipa técnica e jogadores pela conquista da 8.ª Taça da Liga. O Glorioso é o nome de maior sucesso desta competição ao deter quase 50% dos títulos desde a sua criação. E tanto ganhou a Liga de Clubes com as nossas vitórias nesta competição
Em tom sempre desprestigiante ou irónico, os terceiros chamam-lhe “Taça Benfica”. É normal pois vencemos quase metade. Mas a verdadeira mensagem que eu gostaria que passasse para tais terceiros é a de que tínhamos a obrigação de ganhar muito mais. Mais do que 8 em 18 pois gozámos dessa capacidade e possibilidade no passado. Se assim tivesse sido, sem sobranceria, poderíamos solicitar à liga de clubes que mudasse o nome para “Taça Sport Lisboa e Benfica”. E depois logo se discutia a ironia
Ainda assim, por mais que o óctuplo nos satisfaça minimamente, esta competição tem que ser reformulada (no seu formato e no calendário) ou até mesmo eliminada. Tenho vindo a defender ao longo dos últimos anos que, atenta a mudança que se avizinhava no formato da Liga dos Campeões a partir da época 2024-25, já não faz sentido manter-se esta competição nos moldes atuais.
É verdade que, na generalidade, os adeptos querem mais jogos, mas os organizadores das competições, seus parceiros e patrocinadores querem mais “eventos” porque representa mais dinheiro, receita e captação ou fidelização de “clientes”. Não há intenção, sentimento e cuidado para se focarem numa análise profunda e holística com vista ao encaixe equilibrado e harmonioso das competições no calendário nacional e internacional. Sobretudo, se pensarmos que as SAD portuguesas melhor posicionadas no ranking da 1.ª liga dependem cada vez mais, época após época, das receitas da UEFA (sobretudo, Champions). Ou, ainda para mais, se surgir uma centralização dos direitos audiovisuais que acabe com a receita média anual fixa para mínimos entre os 40 e 50 milhões do Sport Lisboa e Benfica.
O formato e restantes condições da Taça da Liga resulta do Anexo III do regulamento de competições da Liga de Clubes. Nele se encontra plasmado o artigo 4.º (troféus e prémios) cujos n.º 2 e 4 refletem que a “Liga Portugal atribui prémios monetários a todos os clubes das competições profissionais, independentemente da respetiva participação na Taça da Liga” e que o “valor global dos prémios monetários atribuídos aos clubes corresponde a 75% do valor dos patrocínios obtidos no âmbito da exploração comercial e publicitária e dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da competição”.
Portanto, negoceiam-se valores que ficam no segredo dos gabinetes das partes, sendo que 25% ficam em casa e o remanescente segue para as sociedades desportivas da 1.ª e 2.ª ligas. Obviamente que é legítimo à Liga de Clubes receber uma fatia pela logística e organização, mas pode (e deve) ser repensada essa percentagem com base no valor que é entregue pelo parceiro principal e secundários. Dependendo dos montantes dos prémios, que também ajudam a definir o prestígio da competição, os envolvidos acertariam os seus ganhos. Sobretudo, numa altura em que o calendário mexeu por imposição institucional internacional através da UEFA (Liga dos Campeões) e a FIFA (Mundial de Clubes).
Ajudaria à conversa se fosse publicada a distribuição progressiva e quantitativa (em euros) às sociedades desportivas. Por uma questão de transparência e porque nos ajudaria a analisar, em relação ao Sport Lisboa e Benfica, se compensa a sua participação nesta competição senão “por obrigação”. Eis outros fatores públicos (mas não ratificados) quanto à média de audiências (telespetadores) da taça da liga: final de 2023 (Sporting- Porto): 1,9 milhões de espetadores; meia-final de 2025 (Sporting - Porto): 1,88 milhões e final de 2025 (Glorioso - Sporting): 2,54 milhões com pico de 2,9 milhões espetadores.
Os nossos dirigentes só têm que assumir que é o BENFICA que mexe com o setor! E nós, em particular, queremos mais Benfica! Mas temos que defender os nossos. Não podemos defender competições que sobrecarreguem os jogadores e prevejam contrapartidas minimamente compensatórias. O Benfica tem que liderar o processo de reformulação dos quadros competitivos em Portugal!
Comunicado - João Diogo Manteigas
"Não podem passar impunes os desempenhos desequilibrados nas arbitragens de três jogos das equipas do Sport Lisboa e Benfica"
Foi cumprido um dos objetivos desta época 2024-25: a conquista da Taça da Liga.
Os parabéns a toda a direção, em particular na pessoa do seu Presidente, a todo o staff e, obviamente, aos jogadores por trazerem o troféu para o nosso Museu Cosme Damião.
Com o apoio massivo dos nossos sócios e adeptos uma vez mais ontem, só cabe a quem nos representa em campo acreditar até ao fim!
Ainda assim, apelo aos que representam o Sport Lisboa e Benfica nas mais altas instâncias que estejam constantemente vigilantes.
Não podem passar impunes os desempenhos desequilibrados nas arbitragens de três jogos das equipas do Sport Lisboa e Benfica:
- na final da taça da liga ao longo dos 90’ minutos,
- no último jogo de futsal no pavilhão da luz onde é marcado um penalty inexistente e retira a possibilidade do Glorioso chegar à liderança isolada da liga placard,
- no último jogo da Liga BPI feminina em que não é assinalado um penalty evidente e claro a favor do Sport Lisboa e Benfica prestes a terminar o jogo e que permitiria continuar a reforçar a liderança isolada.
Relembro que todas estas competições integram o mesmo edifício desportivo chamado federação portuguesa de futebol que integra, a nível profissional, a liga de clubes.
O Sport Lisboa e Benfica não se pode apenas focar em competir desportivamente, mas também deve exigir e assacar responsabilidades sempre que necessário para que sejam tomadas as necessárias consequências.
O Sport Lisboa e Benfica deve fazer-se ouvir e servir como exemplo nas mais altas esferas das instituições desportivas.
Os sócios e adeptos do Glorioso assim o exigem.
Próximo passo: ganhar em Faro, em todos os campos e em todos os pavilhões!"
Os Jogadores do Benfica Devem aos Sócios esta Taça
O Benfica voltou aos triunfos ao vencer, por 3-0, o Braga na meia-final da Taça da Liga. Nesse sentido, o Glorioso 1904 esteve à conversa com João Diogo Manteigas, candidato à Presidência do Clube da Luz, que comentou as decisões do técnico, assim como a exibição dos encarnados, tendo ainda abordado o Dérbi com o Sporting do próximo sábado.
"Muito positiva. Não roçou a perfeição mas foi de domínio completo, à Benfica. Não deu hipótese a um Braga que nos surpreendeu no último jogo a contar para a Liga. De valor superior o facto da equipa ter entrado com uma disponibilidade mental forte - o que causou a normal retração do Braga -, de ter praticamente resolvido o jogo na primeira parte mas, acima de tudo, por ter dado imediato conforto e tranquilidade aos adeptos ao aproximar a identidade do Glorioso", começou por analisar João Diogo Manteigas que comentou as alterações apresentadas por Bruno Lage.
"Sabíamos que algo teria que acontecer. Parabenizo o regresso do António Silva, um dos nossos, que cumpriu conforme sempre nos habituou perante uma deslocação do Tomás Araújo que, mesmo sendo mais-valia no centro, não estranha a lateral e cumpre. Aliás, Araújo não estranha absolutamente nada, até pela forma como ataca. Tem intensidade, disponibilidade física e técnica que se prova pela sua envolvência nos golos do Benfica. É, para mim, a grande novidade positiva esta época", prosseguiu o candidato à Presidência do Clube da Luz.
Já sobre a aposta em Andreas Schjelderup, João Diogo Manteigas foi perentório: "Com enorme agrado. Primeiro, pela confirmação de saber que não há medo na aposta mesmo havendo sempre risco. Aliás, pelo investimento feito, é porque o Benfica entendeu que ele pode acrescentar. Não há que ter medo. Se falhar, tenta-se novamente. E neste jogo viu-se o que acontece quando há concentração, harmonia e entre ajuda do 11 inicial. Todos ficam a ganhar, mesmos os mais jovens. Fica ainda a nota para o Carreras, outro miúdo, que ajudou bastante o Andreas durante o tempo de jogo, dando-lhe a estabilidade e segurança necessárias para que este aparecesse. Pena não ter sido validado o golo pela interferência posicional do Pavlidis.
Sobre a 'novela' em torno de Rollheiser e Prestianni, o candidato à Presidência do Clube da Luz referiu: "Só jogam 11 e quem decide é o treinador. É legítimo levantar a dúvida sobre as ausências, mas relembro que ambos estiveram mais presentes com Schmidt no início da época do que com Lage após a entrada deste. Ainda existiram as lesões pelo meio que ambos sofreram e que fez com que estivessem ausentes por um tempo. Depois, há circunstâncias que simplesmente não podem ser debatidas por serem confidenciais e que incidem sobre o próprio processo de treinos ou até relacional entre o grupo. Pode acontecer que a avaliação que a equipa técnica do Benfica faz sobre a dedicação de ambos não seja suficientemente positiva para lhes fazer merecer mais do que uma utilização intermitente. Eu sou suspeito para falar pois gosto da irreverência de ambos que o que o Benfica precisa em determinados jogos bloqueados. Mas o público em geral tem tendência a olhar só para o jogador em campo quando, na realidade, há que ter em conta sistemas táticos, preferências dos treinadores (concorde-se ou não) e que o jogador é uma pessoa como qualquer outra, com determinado perfil e emoções e que só pode jogar se estiver em condições com base no seu estado de espírito na hora. Faço uma pequena exceção para os casos de possível responsabilidade disciplinar interna, que é algo que não me parece existir com ambos.
Por fim, e quando abordado para fazer uma antevisão ao Dérbi do próximo sábado, João Diogo Manteigas deixou a sua visão. "Acredito que é possível manter as opções porque, pelo menos, atrás na sua linha defensiva não fica a perder. Araújo dá talvez mais confiança do que Bah nesta altura, sem desprimor pelo nórdico. A atacar e a defender. Silva ao lado de Otamendi atestam conquistas do passado portanto é exequível a manutenção da dupla. Acho que o que fará a diferença incide sobre o estado mental. É bom não esquecer que os jogadores do Benfica devem aos sócios esta taça. Por ser o objetivo imediato e porque estão em dívida pelo jogo para a Liga em Alvalade. Os jogadores são profissionais mas é bom não esquecer que jogam por nós e que têm que cumprir várias missões, entre elas, servir os sócios e adeptos e respeitar a história e valores do Sport Lisboa e Benfica.
Prioridades
Quanto ao futuro do Estádio da Luz, faço minhas as palavras de Joaquim Ferreira Bogalho: “O Benfica merece um estádio digno, mas o Estádio será o que os Benfiquistas quiserem e conseguirem. Nem mais, nem menos”. É isto que defendo: a seu tempo, os sócios irão debater e decidir este tópico municiados com toda a informação relevante.
Existem outras prioridades mais urgentes: vitórias que levem a títulos e a aprovação final dos novos estatutos com a criação de um regulamento eleitoral à altura do Glorioso. Por um lado, o foco tem que estar obcecado na recuperação da hegemonia desportiva, Liga e taças. Por outro lado, temos que encerrar o processo da revisão estatutária com a aprovação do documento com a redação final e passar à criação de um regulamento eleitoral que permita a elevada democracia.
O vice-presidente do Clube, Rui do Passo, deu a conhecer que sonha com “um novo estádio que tem que ter a capacidade mítica que está na cabeça de todos os benfiquistas que são os 120 mil”. Não devia sonhar porque já fomos donos dessa realidade. Acabaram com uma obra magna mundial única, criada pelo suor e investimento dos sócios e, pelo meio do processo, ainda venderam uns belos hectares. É o Benfica do Século XXI.
Quanto ao futuro do Estádio da Luz, faço minhas as palavras de Joaquim Ferreira Bogalho: “O Benfica merece um estádio digno, mas o Estádio será o que os Benfiquistas quiserem e conseguirem. Nem mais, nem menos”. É isto que defendo: a seu tempo, os sócios irão debater e decidir este tópico municiados com toda a informação relevante.
Existem outras prioridades mais urgentes: vitórias que levem a títulos e a aprovação final dos novos estatutos com a criação de um regulamento eleitoral à altura do Glorioso. Por um lado, o foco tem que estar obcecado na recuperação da hegemonia desportiva, Liga e taças. Por outro lado, temos que encerrar o processo da revisão estatutária com a aprovação do documento com a redação final e passar à criação de um regulamento eleitoral que permita a elevada democracia.
No plano desportivo, com a segunda derrota consecutiva para a Liga Betclic, o Benfica fica para trás à entrada para a 2.ª volta em relação aos primeiros classificados e seus rivais. Nada que não se possa resolver com uma reestruturação do plantel cirúrgica e em tempo útil durante este mês de Janeiro por se tratar do mercado de transferências de inverno que serve o propósito. Reforçar o plantel ao mesmo tempo que se resolve os excedentes e em que alguns definitivamente não terão lugar no futuro do Sport Lisboa e Benfica. Haja competência e responsabilidade!
O Benfica compete para ganhar! Relembro a nossa história nos campeonatos/ligas nacionais desde a época 1934/35: na década de 30, ganhámos 3 em 6 ligas; na década de 40, ganhámos 4 em 10; na década de 50, ganhámos 3 em 10; na década de 60, ganhámos 7 em 10 (acrescendo a maravilhosa dupla Taça de Campeões Europeus); na década de 70, ganhámos 6 em 10; na década de 80, ganhámos 5 em 10; na década de 90, ganhámos 2 em 10; na primeira década de 2000, ganhámos 2 em 10; na seguinte década, ganhámos 5 em 10 e, nos últimos 4 anos, ganhámos ... 1 liga.
O Sport Lisboa e Benfica tem que recuperar aquilo que é seu por direito no futebol (e restantes modalidades) no plano nacional ao mesmo tempo que luta lá fora, desejando-se que vença Barcelona e Juventus. Isto sim, é prioritário! De resto, aguarda-se que os serviços administrativos terminem a redação final dos Estatutos para que o Ilustre Presidente convoque a assembleia geral final para que os sócios respondam com uma presença massiva. É o documento mais importante da nossa Instituição!
Diferentes Pragmatismos
Que Maio de 2025 seja um mês de glória, quer pelo desejo de um sucesso final conquistador, quer pela esperança sempre presente num resultado dilatado que sirva de acerto histórico. Tal como se encheu de sucesso o segundo jogo de desforra de 13 de Dezembro de 1903 e que meses mais tarde levou à criação da mais bela instituição desportiva mundial.
A vitória está na origem da fundação do Sport Lisboa e Benfica. Ganhar faz parte do nosso ADN. É a nossa razão de ser. Antes de Cosme Damião nos exponenciar com a sua visão e persistência, coube a Manuel Gourlade ter a inteligência de afinar o grupo dos Catataus com peças da Associação do Bem. Só assim, no dia 13 de dezembro de 1903, se conseguiu uma vitória que era considerada uma miragem ou impossibilidade.
Este princípio benfiquista é imutável e deve perdurar no tempo, honrando assim a nossa história e passando o legado de geração em geração. A mentalidade deve ser a de que temos que ganhar todos os jogos em campo independentemente do chavão de que “não se pode ganhar sempre”. A matriz no futebol é “um ganha e o outro perde”. O empate será sempre um mal menor.
Por outro lado, devido a fatores sobretudo históricos, há jogos que o Sport Lisboa e Benfica simplesmente não pode perder. O jogo deste domingo passado é disso exemplo. E um empate já muito custaria a aceitar. As razões são inúmeras e das mais variadas. Mas chamaria, desde logo, a necessidade de ter que agarrar a oportunidade para assumir o 1.º lugar da Liga após perdas de pontos com Famalicão, Moreirense e AFS que nos limitaram o percurso na 1.ª volta, a possibilidade de podermos distanciar-nos dos rivais pois se tornariam 2.ºs e 3.ºs classificados, bem como a obrigatoriedade de ter que passar uma mensagem ao rival de poder institucional.
É verdade que, ao final do dia, quando procuramos focar-nos no futuro, o nosso lado racional assalta-nos com uma visão mais macro, tranquilizadora e pragmática de que ainda falta metade de um longo caminho para sermos campeões em 2024-25. É um ponto de vista sempre válido por ser estatisticamente factual, mas a mentalidade em torno do Sport Lisboa e Benfica não pode ser esta e exige-se mais! Os sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica não gostam dessa abordagem e não pretendem conviver com ela.
Neste seguimento, um exemplo disso seria a época 1986/87 em que o Sport Lisboa e Benfica ganhou a Taça de Portugal (com 2 belos golos de Diamantino, o 1.º de inteligência e o 2.º com classe e potência) e o Campeonato Nacional com 2 derrotas. Uma destas duas derrotas foi das mais pesadas na nossa história em casa do rival de domingo passado. Não hipotecou o nosso título mas manchou a nossa história, sobretudo, por nunca a termos conseguido vingar desportivamente até hoje, nem sequer com o soberbo jogo de 14 de Maio de 1994 e que também nos embalou para o título.
Que Maio de 2025 seja um mês de glória, quer pelo desejo de um sucesso final conquistador, quer pela esperança sempre presente num resultado dilatado que sirva de acerto histórico. Tal como se encheu de sucesso o segundo jogo de desforra de 13 de Dezembro de 1903 e que meses mais tarde levou à criação da mais bela instituição desportiva mundial.
À Direção do Sport Lisboa e Benfica: Esclarecimentos
Por ainda estarmos em tempo e por já serem conhecidos os futuros candidatos à FPF, AFL e Comité Olímpico de Portugal (exceção feita à Liga de Clubes por não existirem candidatos oficiais), reitero novamente que a lógica passa por dar voz aos sócios e ser convocada uma Assembleia Geral no Clube (que verá correspondência na SAD quanto ao seu sentido de voto por ser acionista maioritário) para que os benfiquistas manifestem o seu voto em relação aos nomes e listas apresentadas à FPF, AFL e Comité Olímpico de Portugal.
Em primeiro lugar e antes de mais, todos os Benfiquistas, sócios e adeptos, esperam acordar neste dia 24 de dezembro de 2024 em 1.º lugar com 38 pontos, mais um que os seus dois rivais diretos. E neste seguimento aproveito para apelar, desde já, a todos aqueles diretamente envolvidos na equipa principal de futebol, em particular aos nossos atletas, que se foquem para a próxima noite de 29 de dezembro pois constitui oportunidade única e relevante para nos impormos. Mesmo respeitando a habitual descontração em torno do natal em família, que todos se concentrem e tenham em mente que ganhar é imperativo no próximo jogo. Façam o vosso trabalho e gratifiquem os sócios e adeptos que vos apoiam, seja onde for.
Em segundo lugar, gostaria de sugerir fortemente à Direção do Sport Lisboa e Benfica que responda aos seus sócios e adeptos, de forma oficial e pública, sobre os seguintes considerandos simbólicos e sob pena de poder continuar a desenvolver mais matéria sobre os assuntos que se passam a descrever:
1. o ato eleitoral na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) está agendado para próximo dia 14 de Fevereiro de 2025, sendo já oficial que o Dr. Nuno Lobo (atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa - AFL) e Pedro Proença (atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional – Liga de Clubes) são os candidatos à presidência da FPF visto que depositaram as respetivas listas dentro do prazo determinado para o efeito, i.e., até ao dia 19 de Dezembro de 2024;
2. a Comissão Eleitoral da FPF irá analisar as listas apresentadas pelo Dr. Nuno Lobo e Pedro Proença até ao dia 24 de Janeiro de 2025, podendo ambos ou algum deles ter que retificar e/ou sanar potenciais incongruências e irregularidades, sendo-lhes concedido oportunamente prazo, se aplicável, para o efeito;
3. tanto o Dr. Nuno Lobo como Pedro Proença não renunciaram, ainda, aos cargos de presidente nas respetivas entidades que representam. Porém: o primeiro terminou com reconhecido sucesso o prazo máximo de mandatos estatutariamente previstos naquela Associação e está livre para assumir a FPF pois já não se poderá recandidatar, dando lugar ao próximo; já o segundo tem em curso um mandato na Liga de Clubes até 2027 e, caso seja eleito presidente da FPF, deixará essa Liga órfã de ideias que não cumpriu e de projetos por concluir em representação das sociedades desportivas onde a Benfica SAD se inclui. Questiona-se: qual o entendimento do SLB sobre este posicionamento diversificado entre ambos os candidatos?
4. foi recentemente revelado que Pedro Proença incluiu o nome de José Fontelas Gomes (atual presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF) para a Direção bem como o de Luciano Gonçalves (atual presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol - APAF) para presidente do CA no próximo mandato, tendo lançado ainda a escada a ex-colegas de profissão, designadamente, Artur Soares Dias, Duarte Gomes e Lucílio Batista, para um alegado projeto de arbitragem na FPF cujos contornos se desconhecem. Questiona-se: qual a análise que o SLB faz à imagem corporativista da lista de Pedro Proença e qual a sua avaliação aos mandatos de Fontelas Gomes à frente do CA e de Luciano Gonçalves na APAF? Por outro lado, o nome de Artur Soares Dias e eventual poder decisório na arbitragem portuguesa agrada ao SLB?
5. não obstante incorporar atualmente o quadro de pessoal da Benfica SAD com influência decisória nos destinos desportivos da SAD e com direta ligação ao Exmo. Presidente Rui Costa, é sabido que Lourenço Pereira Coelho subscreveu a candidatura de Pedro Proença, o que vem reforçar o rumor sobre a possibilidade de poder ser eleito para assumir um cargo de diretor ou coordenador técnico na FPF. Questiona-se: qual o entendimento do SLB sobre esta possibilidade? Existe algum princípio de acordo para este efeito entre todas as partes envolvidas?
6. desde algum tempo a esta parte que corre informação nos corredores do setor desportivo nacional (sendo facilmente captada por pessoas que nele gravitam) de que a candidatura de Pedro Proença foi também promovida por pessoas conectadas profissionalmente ao SLB, incluindo, mas sem se limitar, Nuno Costa, chefe do gabinete do Presidente da nossa Gloriosa Instituição. A ser verídica tal informação, questiona-se: o SLB não considerou o conflito de interesses? A ter sido do conhecimento interno, qual o nível de compromisso, isenção e imparcialidade estabelecido entre todas as partes envolvidas e, já agora, qual a contrapartida envolvida?
7. começou a contagem oficial do hiato temporal em que Pedro Proença será, concomitantemente, presidente em funções na Liga de Clubes e candidato às eleições na FPF. Questiona-se: qual a visão do SLB sobre o trabalho limitado e a tempo parcial que Pedro Proença passou a dedicar à Liga de Clubes? O candidato solicitou ao SLB que mantivesse foco na Liga de Clubes ou pede mais atenção à sua candidatura à FPF?
8. fruto da campanha eleitoral que em breve chegará e perante a evidente ausência prática de Presidência executiva atualmente na Liga de Clubes e na AFL, questiona-se: os administradores da Benfica SAD e os membros da direção do Clube alguma vez manifestaram interesse em apresentar candidatos a cada uma destas entidades? E, neste seguimento, ponderaram alguma vez promover candidato à FPF?
9. é do conhecimento interno do setor desportivo que, fruto de reuniões no decorrer do 2.º semestre de 2023, o Dr. Nuno Lobo obteve um princípio de acordo do SLB para apoiar a sua candidatura à FPF em 2024. Questiona-se: o SLB confirma, ou não, que o seu Presidente reuniu em 2023 com o Dr. Nuno Lobo tendo por base o apoio à candidatura deste em 2024? Em caso afirmativo, qual o compromisso acordado com o Dr. Nuno Lobo?
10. é também do conhecimento interno do setor desportivo que se realizaram reuniões e estabeleceram-se contatos entre representantes do SLB, o candidato Pedro Proença e empresários desportivos de relevo nacional. Questiona-se: os projetos, ideias e intuitos desta candidatura defendem os interesses do SLB? Quais são? Desde quando a FPF funciona como ponto de convergência de interesses entre o SLB e empresários desportivos?
11. por fim, sendo o SLB o principal motor de projeto olímpico em Portugal e existindo, desde já, várias candidaturas anunciadas ao Comité Olímpico de Portugal (Fernando Gomes, José Manuel Araújo, Laurentino Dias, Alexandre Miguel Mestre e Jorge Vieira), questiona-se: o SLB tem vindo a auscultar os candidatos? Quais são os projetos que mais servem os interesses do SLB neste âmbito e aproveitando o facto de que internamente estamos a reformular os nossos quadros (ex.: Telma Monteiro)?
Por ainda estarmos em tempo e por já serem conhecidos os futuros candidatos à FPF, AFL e Comité Olímpico de Portugal (exceção feita à Liga de Clubes por não existirem candidatos oficiais), reitero novamente que a lógica passa por dar voz aos sócios e ser convocada uma Assembleia Geral no Clube (que verá correspondência na SAD quanto ao seu sentido de voto por ser acionista maioritário) para que os benfiquistas manifestem o seu voto em relação aos nomes e listas apresentadas à FPF, AFL e Comité Olímpico de Portugal.
Um Santo Natal Vencedor!!!
A Luz da Democracia Benfiquista
No sábado passado fomos bafejados pelo calor da democracia benfiquista. Os sócios sentiram novamente o que é ter poder. Que a sua opinião conta e faz diferença. A luz da união benfiquista sente-se perfeitamente: é quente, harmoniosa e familiar.
No sábado passado fomos bafejados pelo calor da democracia benfiquista. Os sócios sentiram novamente o que é ter poder. Que a sua opinião conta e faz diferença. A luz da união benfiquista sente-se perfeitamente: é quente, harmoniosa e familiar.
Devido à sensibilidade e relevância dos temas em debate para aprovação naquele que foi um sábado frio e invernal, é normal a pretensão da presença do maior número de consócios possível. Mas jamais se poderão condenar ausências. As vidas pessoais e profissionais de cada um de nós, sócios, não serão sempre conciliáveis com todos os atos e eventos de união benfiquista.
Cada um de nós não é mais, nem menos, por estar mais ou menos presente. Cada um vive o seu benfiquismo à sua maneira. Enquanto sócio, cumpre-me batalhar para promover os atos que englobam a participação dos meus consócios e reforçar que não se deve medir benfiquismo entre participantes e não participantes. Todos temos que trabalhar no sentido de aumentar e garantir a participação ativa dos sócios na vida associativa do Glorioso fora de atos eleitorais.
O resultado desta Assembleia foi francamente positivo pelo resultado já conhecido mas existem outras lições de enorme valor para a Direção do único e Glorioso Sport Lisboa e Benfica: 1) não devem recear aquilo que os sócios pensam e querem para a nossa Instituição; 2) as assembleias constituem a grande oportunidade dos sócios se fazerem ouvir num mundo cuja comunicação pessoal é feita cada vez mais à distância e por meios digitais; 3) que encarem as assembleias como oportunidade única para ouvirem e medirem o pulso aos sócios, no que é bom e mau, pois quem considera que executa bem o seu trabalho, não deve ter medo do escrutínio e terá sempre oportunidade para esclarecer.
Meus Caros, o processo da revisão estatutária não está fechado. Falta a convolação das várias contribuições dos sócios num único documento pela mesa da assembleia geral e respetivos serviços administrativos do Sport Lisboa e Benfica. Só depois passaremos à aprovação final em voto físico nas urnas do nosso querido Estádio e, espero, com a análise e controlo por parte de representantes indicados pela direção, pela comissão de revisão estatutária e pelo movimento “Servir o Benfica”.
Para já, sinto-me orgulhoso pela Direção ter concedido a oportunidade de podermos todos integrar a história do Sport Lisboa e Benfica e por ter sido esmagadoramente intencionado pelos meus consócios (acima dos 82% dos votos) a implementação de uma 2.ª volta em futuros atos eleitorais e que abrirá a pluralidade, a apresentação de listas independentes para todos os órgãos sociais e que acarretará maior transparência e, por fim, a realização de uma assembleia geral anual para debater a gestão executada por cada época desportiva que terá efeito deliberativo final, nem que seja por moção de censura ou voto de louvor.
Até o futuro das Casas do Benfica (que desempenham um papel reconhecidamente aglomerador de fervor benfiquista) se tornou mais risonho. Agora, sem o peso da dúvida e incerteza que incidia sobre o seu direito ao voto, caberá às direções do Clube, num ambiente de completa transparência, ter que debater e projetar a fórmula que o Sport Lisboa e Benfica deve encontrar para a sustentabilidade e crescimento das Casas. A relevância das Casas nunca se provou pelo seu direito ao voto, mas sim por constituírem um espaço de união familiar espalhadas pelo país e restante mundo!
A Sair da Toca
Ainda nem o Glorioso alcançou o topo da Liga Portugal Betclick e já começaram as manifestações públicas de perseguição e tentativa de destabilização indireta. Os sócios e adeptos que não se deixem enganar: é o cheiro do medo dos rivais e da mossa que a marca BENFICA provoca a partir do momento em que assume as rédeas. Assim se deseja.
Ainda nem o Glorioso alcançou o topo da Liga Portugal Betclic e já começaram as manifestações públicas de perseguição e tentativa de destabilização indireta. Os sócios e adeptos que não se deixem enganar: é o cheiro do medo dos rivais e da mossa que a marca BENFICA provoca a partir do momento em que assume as rédeas. Assim se deseja.
Neste preciso momento, a Benfica SAD está numa posição bastante vantajosa na Liga e que terá que ser aproveitada sem falhas. Por mais que se perdoem exibições menos conseguidas, não haverá o mesmo tipo de tolerância para resultados negativos. Mesmo estando apenas a caminho da 14.ª jornada, qualquer percalço pode colocar em causa o futuro da vitória final.
Vencendo AVS e Nacional fora e o Estoril na nossa casa, lograremos chegar ao nosso habitat natural e dali envidar todos os esforços para não mais vacilar até Maio de 2025. Ou seja, agarrar o 1.º lugar e dar luta para não o largar. Basta olhar para o calendário de Janeiro próximo para se perceber a exigência elevada que irá confrontar os nossos jogadores. Liga, Taça da Liga, Taça de Portugal e Champions, tudo decisivo. E no Benfica exige-se ganhar tudo.
É com esta mentalidade que retorno à ideia do primeiro parágrafo anterior. Bastou ter surgido, durante este fim de semana passado, a possibilidade matemática do Benfica avançar para a frente no imediato e tomar o que é seu por direito. Logo surgiram vozes que optam por atacar quem não devem ao invés de se focarem na sua própria casa a arder.
Bem sei que não se deve dar relevância a indivíduos condenados pelos vários braços da justiça (processos de violação de informação confidencial/sigilosa, insolvência e até crimes de violência doméstica). Mas quando a comunicação social os promove a exigirem escrutínio sobre jogos do Benfica, este deve responder e de forma veemente.
Tal como a comunicação social desportiva deve ter o cuidado de se abster de insistir com determinadas questões junto de ex-árbitros por matérias já resolvidas e resultantes de processos conclusos definitivamente investigados. A necessidade de criar burburinho à conta do Sport Lisboa e Benfica terá o seu fim!
Posicionamento Imediato
Conforme se percebe, a ausência que se deveria ter notado em tal evento por parte da instituição Sport Lisboa e Benfica não teria sido desrespeitosa. De todo. Não pode, nem deve, haver memória curta e o tempo não consegue apagar tudo.
Chegará o tempo em que a comunicação do Sport Lisboa e Benfica se tornará proativa (por antecipação) ao invés de reativa ou, mais perigosamente, inexistente.
No passado dia 25 de Novembro de 2024, o Sport Lisboa e Benfica fez-se representar pelo seu Ilustre Presidente da Direção num evento em Lisboa da autoria do Jornal Record. O evento foi apresentado como “uma grande cimeira do Desporto” e batizado com o nome do jornal em causa que acabaria por celebrar 75 anos no dia seguinte.
Este é o jornal cujo diretor declarou que “o público quer ouvir todas as verdades”, preferencialmente sobre o “clube rival” e que a sua vida (deduz-se, dos jornalistas da casa) passa por “procurar a verdade, doa a quem doer, porque a culpa não é só dos árbitros".
De facto, por ser filho de um ex-jornalista que vivenciou em primeira mão, com muito custo pessoal e familiar, o que foi a luta para revelar a verdade do futebol português entre o final dos anos ’80 e a década de ’90, sofri na pele a dica do “doa a quem doer”. Foi isso que o meu pai fez honrosamente e sem medo. Mas, e sublinho, com elevação.
Porém, questiono se o jornal em causa (entre outros veículos de comunicação que integram o mesmo grupo) tem praticado um comportamento justo, isento e imparcial em relação ao Sport Lisboa e Benfica. Aliás, peço desculpa, mas não questiono. Afirmo, desde já, que não!
As incontáveis capas e conteúdos sensacionalistas, distorcidos ou incompletos têm vindo a provar ao longo do tempo que uma jovem entidade editorial com 75 anos não respeita uma Instituição de cariz global a caminho dos seus 121 anos de idade com uma massa associativa de enorme peso societário e que lhes sustenta o pão na boca.
Já que o Sport Lisboa e Benfica não o faz, eu chamo à atenção o meio de comunicação social em causa para algumas das normas do código deontológico dos jornalistas atualizado em 2017 no âmbito do 4.º Congresso dos Jornalistas:
“1. O jornalista deve relatar os factos com rigor e exatidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público”;
“2. O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais”;
“8. O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado”;
“10. (...) O jornalista obriga-se, antes de recolher declarações e imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade, dignidade e responsabilidade das pessoas envolvidas”.
As entrevistas de um ex-presidente detido em funções e de um ex-administrador demissionário da SAD combateram o sensacionalismo e a acusação sem prova? Tem sido salvaguardada a presunção da inocência da Benfica SAD e do Clube quanto aos processos judiciais? Até hoje, têm sido comunicadas notícias com a serenidade, liberdade e dignidade que o Sport Lisboa e Benfica merece?
O Sport Lisboa e Benfica é usado. Para o bem e para o mal. Mentalizem-se todos que as vitórias das nossas equipas em campo e nos pavilhões não chegam para sanar o dano que é causado pela incerteza e dúvida originadas por opiniões confundíveis com informações.
Conforme se percebe, a ausência que se deveria ter notado em tal evento por parte da instituição Sport Lisboa e Benfica não teria sido desrespeitosa. De todo. Não pode, nem deve, haver memória curta e o tempo não consegue apagar tudo.
Chegará o tempo em que a comunicação do Sport Lisboa e Benfica se tornará proativa (por antecipação) ao invés de reativa ou, mais perigosamente, inexistente.
Regras a Cumprir
A DIGI entrou oficialmente no mercado das telecomunicações em Portugal através da aquisição da NOWO pelo preço de 150 milhões de euros num investimento total inicial de 400 milhões.
A DIGI entrou oficialmente no mercado das telecomunicações em Portugal através da aquisição da NOWO pelo preço de 150 milhões de euros num investimento total inicial de 400 milhões.
Porém, irrompe de forma limitada pois não terá cobertura inicial total a nível nacional (redes 2G e 4G em 93% e rede 5G em 40% e só em área urbana) pois alguns Municípios ainda não lhe concederam autorização para instalar infraestruturas (incluindo o de Lisboa que faz a empresa esperar há mais de 1 ano por resposta).
Por outro lado, mais relevante ainda, a DIGI ainda não terá, por enquanto, oferta de canais desportivos (Sporttv e Dazn). Aqui a dificuldade é outra pois, segundo palavras do seu CEO, “as negociações foram inflexíveis”. Como meia palavra basta para bom entendedor, parece ser líquido que a inflexibilidade resulta da posição de força do cartel que compõe a estrutura acionista da Sporttv, i.e., NOS, MEO, VODAFONE e OLIVEDESPORTOS, cada um com 25% do referido capital social da operadora.
Lembro que a União Europeia (UE) aplica regras estritas que protegem a livre concorrência e proíbem certos tipos de práticas. Vivemos num bloco geográfico onde as empresas infratoras se arriscam a pagar coimas que podem atingir 10% do seu volume de negócios anual (a nível mundial, se aplicável) e os seus administradores prevaricadores incorrem no risco de pena de prisão.
Estas regras da UE aplicam-se não só às empresas como a todas as organizações que desenvolvem uma atividade económica. Logo, o acordo existente para a manutenção da divisão da atual estrutura acionista da Sporttv encaixa o conceito de “Cartel”, algo que é especificamente proibido por limitar a concorrência. Os cartéis podem revestir múltiplas formas de acordos como fixar preços, partilhar mercados, atribuição exclusiva de clientes, limitação da produção e distribuição entre fornecedores e revendedores no âmbito dos quais, por exemplo, os preços cobrados aos clientes são impostos pelo fornecedor.
Basicamente, todos os acordos e/ou intercâmbio de informações entre uma empresa e os seus concorrentes que reduzam a incerteza estratégica da empresa no mercado (quanto a custos de produção, volumes de negócios, capacidade, planos de comercialização, entre outros) são suscetíveis de serem considerados anti concorrenciais.
Quero com isto dizer que o Sport Lisboa e Benfica deve cortar relações com a sua patrocinadora oficial NOS ou dificultar a vida a esta? Nada disso. O Benfica é signatário de acordos que deve respeitar a não ser que sejam considerados ilegais ou irregulares administrativamente. Até porque é beneficiário daquilo que é seu por direito: direitos de transmissão televisiva, multimédia e de conteúdos audiovisuais.
Mas, ao mesmo tempo, o Sport Lisboa e Benfica deve pugnar pela confirmação de que estão a ser cumpridas as normas nos mercados onde se inserem os seus parceiros, seja eles institucionais ou privilegiados. E o Benfica deve mexer-se estrategicamente para a solução que lhe for mais benéfica e rentável no futuro. Neste tópico em particular, faria sentido ao Benfica inteirar-se junto da Autoridade da Concorrência e com esta discutir o futuro do mercado audiovisual tendo por premissa a centralização. E se não ficarmos satisfeitos, o próximo passo é dirigido ao Executivo (Governo).
Faz alguns anos que foi a própria NOS a esclarecer que um dos objetivos do acordo com o Benfica passava por reduzir custos dos clientes que quisessem ver todos os jogos da Liga na TV, concordando-se na distribuição dos conteúdos por outros operadores. Pergunta-se se a fatura reduziu? Para o produto que temos? O que é que o futuro nos reserva? Repito que se revela extremamente urgente ao Benfica começar já a pressionar na Liga e na Federação para a reformulação dos quadros competitivos. Esta reformulação exige tempo de preparação de acordo com os regulamentos em vigor.
Unicidade Desportiva
O Glorioso é único. Não é mais um no meio de outros. No máximo, poderá pensar em parcerias estratégicas de capital (vender ações) mas com uma condição: o Clube terá que adquirir antecipadamente mais capital da SAD por um preço justo de mercado a outros sócios por ter direito de preferência.
O Sport Lisboa e Benfica tem que ser protegido de qualquer intrusão deste género ou natureza.
Foi notícia há uns dias que o Olympique Lyonnais (Lyon) comunicou uma dívida superior a 500 milhões de euros à Direção Nacional de Controlo e Gestão francesa. À partida, não vai poder contratar jogadores no mercado de Janeiro 2025 e estará sujeito a restrições salariais. Mas a cereja no topo do bolo é a possibilidade de despromoção à 2.ª liga francesa caso não apresente melhorias financeiras até ao final desta temporada 2024-25. O Lyon está, hoje, no 5.º lugar da Ligue 1 com 19 pontos (11.ª jornada).
Gostaria de parabenizar a nossa Liga Portuguesa por executar este tipo de controlo francês. Mas não é possível pois enquanto assistirmos a casos como o Boavista não há licenciamento de sociedades desportivas que valha, nem procedimentos compostos por requisitos cumulativos (incluindo de natureza financeira - 1.2.1 do Manual de Licenciamento de Competições) que sobrevivam ou sustentabilidade económica e financeira que aguente.
O Lyon nasceu em 1950. Não tem comparação com o Glorioso. Longe disso. Mas tem o seu mérito histórico. Entre outros títulos nacionais, tem a particularidade de ter sido heptacampeão francês. Algo que nem o PSG conseguiu com linha de crédito aberta via Qatar, nem o nosso querido Borges Coutinho com 7 ligas (entre Abril de 1969 e Maio de 1977) devido à dupla intromissão do sporting em 1969-70 e 1973-74. E se quisermos aprofundar ao feminino, o Lyon foi campeão 21 vezes desde a criação da Liga em 1974-75 e domina a Champions com 8 títulos desde a sua fundação em 2001-02.
O pedaço de sucesso desportivo dominador interno do Lyon tem um nome: Jean-Michel Aulas, Presidente desde a época 1987-88 até ter chegado a acordo, em dezembro de 2022, com a holding “Eagle Football Holdings LLC” de John Textor. Enquanto Presidente entre as épocas de 2001 a 2008, Aulas aplicou o seguinte modelo em cada época desportiva sustentado num orçamento a rondar 150 milhões de euros: lucrava com a venda de alguns dos seus jogadores mas contratava sempre os dois melhores jogadores da Ligue 1. O objetivo sempre foi claro: ganhar nacionalmente de forma rentável, fazendo dinheiro (não dando prejuízo). Isto é, esqueçam a Champions.
Mas Textor vem do sistema da teoria do equilíbrio competitivo. Dos Estados Unidos, onde reina o franchising, tudo se vende e é negócio. Não há sócios, nem adeptos. Há clientes. É por isso que afirma que o Lyon não será despromovido porque as projeções mostram que o grupo onde o clube francês se insere (Eagle Football Group) tem muito mais dinheiro do que aquele que o próprio clube precisa (100 milhões até final do ano).
Esta teoria não é, nem será tão cedo, replicável no futebol europeu. Textor gere o Lyon da mesma forma que o Molenbeek. Como se todos os clubes fossem só um por terem a mesma acionista maioritária. Não entende o ecossistema desportivo cultural europeu. Textor teima que a fiscalizadora francesa deve olhar para o Lyon inserido num grupo financeiramente relevante com investimentos avultados e que os acionistas não deixarão o grupo falir. Como se fosse possível um bailout como nos USA.
Parece-me que o cowboy vai ter que vender os seus 45% no Crystal Palace para salvar os cofres do Lyon e ainda injetar muitos milhões através do seu grupo económico-financeiro-desportivo. Provavelmente, atletas serão vendidos e o investimento reduzirá. Como trata o futebol com dólares e euros, descapitalizará fundos de outros clubes que sofrerão um retrocesso no seu planeamento, processo e esquematização a curto, médio e longo prazo. Quanto valem desportivamente, então, os multiownerships? Essencialmente, para captar os melhores jogadores, provocando um cartel desportivo ao circularem-nos mais baratos intra-grupo (ex.: Savinho no Troyes – Girona – Manchester City).
O Sport Lisboa e Benfica tem que ser protegido de qualquer intrusão deste género ou natureza. O Glorioso é único. Não é mais um no meio de outros. No máximo, poderá pensar em parcerias estratégicas de capital (vender ações) mas com uma condição: o Clube terá que adquirir antecipadamente mais capital da SAD por um preço justo de mercado a outros sócios por ter direito de preferência.
Exigem-se Respostas
O Benfica, na pessoa do seu Presidente, deve ripostar com a elevação que entender necessária, mas de forma direta, concisa quanto a factos e sem receios. Não interessa se integrou direções anteriores cujos atos estão sob investigação. Não pode, nem deve, temer. Cabe-lhe defender os interesses do Sport Lisboa e Benfica e, acima de tudo, a honra dos sócios e adeptos que foram brindados, uma vez mais, com a soberba e falta de noção numa entrevista de um deles e com a necessidade do outro em querer continuar uma caça às bruxas só para manter os seus adeptos entretidos dado que o desempenho e resultados da sua equipa de futebol baixaram abruptamente de nível.
Excelente lição dada no domingo passado. Estão de parabéns jogadores, treinador, staff e os dirigentes diretamente ligados à principal equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica. Pena a vitória não ter sido mais brilhante, ou seja, dilatada. Sobretudo pelos sócios e adeptos que fizeram relembrar sobejamente o Inferno da Luz aos visitantes e seus acompanhantes.
O resultado fez jus à nossa gloriosa história e serviu para passar uma mensagem forte perante um rival direto. Mas é tempo de se dar por encerrada a festividade de uma partida isolada por mais relevante que tenha sido. Seguem-se dois jogos essenciais para os objetivos do Benfica: Taça de Portugal (vs Estrela da Amadora) e a necessidade de alcançarmos um lugar na fase seguinte da Champions (vs Mónaco).
Por outro lado, aproveitando a curta pausa para as seleções, revela-se essencial que o Presidente do Sport Lisboa e Benfica analise profundamente as considerações públicas e torpes proferidas pelo presidente do Sporting Clube de Portugal sobre a nossa instituição, bem como o posicionamento assumido pelo presidente do futebol clube do porto relativamente ao processo vulgarmente conhecido por “caso dos e-mails”.
O Benfica, na pessoa do seu Presidente, deve ripostar com a elevação que entender necessária, mas de forma direta, concisa quanto a factos e sem receios. Não interessa se integrou direções anteriores cujos atos estão sob investigação. Não pode, nem deve, temer. Cabe-lhe defender os interesses do Sport Lisboa e Benfica e, acima de tudo, a honra dos sócios e adeptos que foram brindados, uma vez mais, com a soberba e falta de noção numa entrevista de um deles e com a necessidade do outro em querer continuar uma caça às bruxas só para manter os seus adeptos entretidos dado que o desempenho e resultados da sua equipa de futebol baixaram abruptamente de nível.
Que dupla de paladinos da ética e da verdade desportiva. Já se esqueceram que ambos trabalharam para dois presidentes, tendo sido coniventes com eles, que marcaram a história pela negativa em cada uma das suas instituições. Decidem esquecer o passado, como se este não existisse, para se dedicarem ao futuro. Cumpre-nos a nós, Benfica, relembrá-los os seus antepassados, de onde vieram e o que andaram a fazer pelo futebol em Portugal. Os seus esqueletos dentro dos armários passaram entre muitos pingos da chuva e, em alguns casos, violaram Leis em vigor.
Chegará o dia em que não se vai permitir passar mais uma hora que seja sem que exista uma resposta condizente, meticulosa e bruta. O objetivo será o mesmo de sempre: recolocar ambos no sítio outrora habitual: abaixo do Sport Lisboa e Benfica.
Inferno deve Regressar
O Sport Lisboa e Benfica não pode ficar para trás. Trata-se, em primeiro lugar, de tentar chegar a todos os seus sócios e simpatizantes urgentemente. Para um clube com 327 mil sócios ativos, o atual Estádio é curto. Em segundo lugar, há um nome, uma história e um legado a respeitar. O Inferno deve voltar. Este é mundialmente reconhecido como sendo vermelho e branco.
Felizmente, integro uma geração que viveu intensamente a saudosa catedral. Aquela que acolheu o verdadeiro Inferno da Luz. Uma obra maravilhosamente planeada e esculpida com a contribuição de todos os benfiquistas (sócios, adeptos ou meros simpatizantes), tendo aberto as suas portas ao mundo em 1 de Dezembro de 1954.
Mais tarde, no início dos anos ‘90, iniciou-se o seu lento e imperdoável (na minha visão pessoal) desmembramento. O que foi triste de se ver, por mais que o mundo moderno assim o viesse a exigir. Perdeu-se um espaço de imponência e de terror autêntico para as equipas e seus apoiantes que ali se deslocavam. Desapareceu uma obra e uma marca que mostrava ao mundo o que era o Sport Lisboa e Benfica. Perdeu-se poder.
E isso não foi contemplado no novo Estádio da Luz, por mais que reconheçamos, entre outras excelentes condições, o seu conforto, os lugares personalizados e camarotes corporate com tudo incluído, o 5G e leds que nos arrastam mais para uma relação de consumo dirigido a clientes do que propriamente a sócios. São estratégias mais do que visões.
O problema infraestrutural, salvo melhor opinião, reside no facto de termos reduzido uma enorme diferença que nos marcava tão indelevelmente em relação aos outros. Permitimos que os nossos rivais diretos se aproximassem em receitas e que exista uma fila de espera de 17.359 sócios para entrar na nossa casa. A de todos nós. Um estádio é uma demonstração de força que representa o peso dos associados do Clube.
E é por isto que o Sport Lisboa e Benfica já devia estar com o pensamento focado no Mundial de 2030, a desenvolver planos de acordo com as “Sustainable Infrastructure Guidelines” da UEFA e a falar com a FIFA (organizadora do respetivo mundial) para tentar fontes de financiamento ao abrigo do programa “Forward Development”. Mais tarde chegará a hora de sentar à mesa com o Governo português para perceber a sua expetativa em torno do futuro.
O Real Madrid já terminou a sua obra futurista e o Barcelona vai a caminho com a mente focada em albergar 110 mil pessoas. Num plano clubístico inferior, o “Signal Iduna Park” (Westfalenstadion) do Borussia Dortmund está licenciado para 81.000 pessoas nas competições internas e para 66 mil nas competições internacionais.
O Sport Lisboa e Benfica não pode ficar para trás. Trata-se, em primeiro lugar, de tentar chegar a todos os seus sócios e simpatizantes urgentemente. Para um clube com 327 mil sócios ativos, o atual Estádio é curto. Em segundo lugar, há um nome, uma história e um legado a respeitar. O Inferno deve voltar. Este é mundialmente reconhecido como sendo vermelho e branco.
Caça ao Poder Federativo
Num mundo normal, o SLB sentar-se-ia à mesa, de forma isenta e independente, com todos os candidatos para perceber a exequibilidade das visões de cada um deles e, posteriormente, reuniria com os seus congéneres para analisar os projetos partilhados de forma teórica que visam moldar o futuro do futebol em Portugal.
Iniciaram-se finalmente as movimentações oficiais para o ato eleitoral na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Algo a que o Sport Lisboa e Benfica (SLB) não pode ficar indiferente e deve assumir, inclusivamente, um papel ativo.
Num mundo normal, o SLB sentar-se-ia à mesa, de forma isenta e independente, com todos os candidatos para perceber a exequibilidade das visões de cada um deles e, posteriormente, reuniria com os seus congéneres para analisar os projetos partilhados de forma teórica que visam moldar o futuro do futebol em Portugal.
Mas como, infelizmente, o futebol em Portugal ainda significa (por enquanto) poder e interesses, continuaremos a assistir a jogos de bastidores numa corrida à liderança de uma instituição cujo orçamento ascende a 120 milhões, dos quais apenas 3,33% (aproximadamente 4M) são provenientes de fundos públicos e isto sem contabilizar receitas das apostas desportivas (o que dispararia para mais 40 milhões). A gula é muita. E também é pecado.
O SLB, assumindo-se sempre como a maior potência desportiva nacional, tem que se interessar por este ato, pelas pessoas que a ele irão concorrer e adotar uma postura congregadora, procurando discutir com outros clubes a sua visão própria do setor. Isto se os nossos atuais dirigentes assim o intencionarem. Algo que, para já e que se saiba, é desconhecido.
Sabe-se, isso sim, que o presidente do Sport Lisboa e Benfica já assumiu a sua preferência pessoal e intenção de voto representativo do nosso Clube e da Benfica SAD numa figura que tarda em sair do armário da Liga. Que se sabe que tem vindo a influenciar determinadas figuras singulares e sociedades desportivas nas competições profissionais a que preside, muito provavelmente prometendo-lhes o que não devia.
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica comete um erro crasso ao querer assumir, pessoalmente, o seu voto preferencial em representação do Clube e da Benfica SAD para efeito de eleições, seja na Associação de Futebol de Lisboa (AFL), na Liga ou na Federação. Ao Presidente cabe-lhe perguntar aos seus consócios o sentido de voto (pois é o Clube e a SAD que votam), respeitando-o para depois exercê-lo.
Quem tem dúvidas que o universo benfiquista nunca desejou Pedro Proença na Liga e ainda menos o deseja à frente da Federação, tal é a tormenta que vem imediatamente à cabeça de tal figura vestida de preto e de apito na boca?
Este pesadelo que tarda em desaparecer só será exponenciado se Artur Soares Dias assumir uma candidatura à Liga de Clubes. Neste cenário dantesco, o SLB deve ir à luta de punhos cerrados. Senão, mais vale tentar a inscrição na La Liga já aqui ao lado.
Entretanto, Nuno Lobo já oficializou a sua candidatura à FPF. Benfiquista assumido, partilhei com ele espaço entre fevereiro de 2011 e novembro de 2020 enquanto vogal e vice-presidente no Conselho Técnico da AFL. Foi mais aquilo que nos separou do que o que nos uniu. Mas quando há transparência, alcança-se consensos.
Defendo que o SLB deve sempre apresentar um candidato à Presidência da FPF, na Liga de Clubes e na AFL. No caso desta última, não querendo apresentar soluções para 2025, deve apoiar o já assumido candidato Vítor Filipe ao invés de Rui Rodrigues, promovido por Pedro Proença. Se todos querem brincar aos jogos de bastidores, é bom que o SLB se interesse e dite as ordens. Caso contrário, ficará sempre a perder.
Entrevista no podcast Final Cut
Entrevista de João Diogo Manteigas, candidato à Presidência do Benfica, no podcast Final Cut, da Sports Tailors.
Assiste à participação de João Diogo Manteigas no podcast Final Cut, da Sports Tailors!